Pressionado pelo Tribunal de Contas da Uni�o (TCU), o Minist�rio da Fazenda "despedalou" despesas atrasadas com o pagamento de d�vida junto ao FGTS e subs�dios de cr�ditos ao BNDES e agr�colas, ou seja, colocou parte do pagamento em dia. De janeiro a julho, o aumento dessas despesas foi de R$ 15,16 bilh�es, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira, pelo Tesouro Nacional.
Os dados mostram que o acerto de contas com as chamadas "pedaladas" - atrasos nos gastos promovidos pela equipe econ�mica anterior da presidente Dilma Rousseff - foi decisivo para o rombo nas contas do governo, que at� julho apresentam d�ficit de R$ 9,05 bilh�es. Se n�o fosse a necessidade de consertar a regularidade dos pagamentos dessas despesas atrasadas, o resultado estaria bem melhor.
A maior parte do acerto de pagamentos ocorreu com as despesas de subs�dios de opera��es oficiais de cr�dito, que aumentaram R$ 12,097 bilh�es nos sete primeiros meses do ano, o equivalente a 389,4%. Esses gastos saltaram de R$ 3,084 bilh�es de janeiro a julho de 2014 para R$ 15,097 bilh�es no mesmo per�odo deste ano.
Em igual per�odo, os gastos com subs�dios para a equaliza��o de taxa de juros do Programa de Sustenta��o do Investimento (PSI) subiram de R$ 109,1 milh�es para R$ 7,475 bilh�es. J� os subs�dios agr�colas pagos subiram no mesmo per�odo de R$ 2,162 bilh�es para R$ 6,241 bilh�es.
O pagamento de d�vidas do FGTS que tamb�m foram atrasadas subiu de R$ 329,1 milh�es de janeiro a julho de 2014 para R$ 3,485 bilh�es no mesmo per�odo deste ano. Somente em julho, as despesas pagas com subs�dios alcan�aram R$ 7,2 bilh�es - justamente o tamanho do d�ficit prim�rio das contas do governo central no m�s.
As contas do Governo Central apresentaram um rombo de R$ 7,223 bilh�es em julho. Foi o pior d�ficit para o m�s da s�rie hist�rica, que tem in�cio em 1997. As contas do Governo Central re�nem o resultado do Tesouro Nacional, INSS e Banco Central.