A varia��o cambial no Brasil est� "totalmente fora do controle", o que faz com que os importadores de ve�culos no Pa�s vivam a tempestade "mais perfeita poss�vel", avaliou nesta ter�a-feira, o presidente da Associa��o Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Ve�culos Automotores (Abeifa), Marcel Visconde. Em coletiva de imprensa para comentar o desempenho das marcas associadas � entidade em agosto, o executivo destacou que o setor est� lidando com uma varia��o cambial de cerca de 70% nos �ltimos 12 meses encerrados em agosto, principal motivo para aumento de custos.
Visconde afirmou que, no in�cio do ano, trabalhava com o d�lar entre R$ 3 e R$ 3,30 em 2015. "Trabalhar com R$ 3,80 ningu�m imaginava", disse, lembrando que o atual patamar do c�mbio � semelhante ao do in�cio de 2003, quando o d�lar disparou com a avers�o do mercado ap�s a posse do ent�o presidente Luiz In�cio Lula da Silva. De acordo com o executivo, a aprecia��o do c�mbio se junta �s consequ�ncias da crise pol�tica e econ�mica, fazendo com que o setor viva "a crise da perda de confian�a, da n�o motiva��o ao consumo e aumento de custos".
Para o presidente da Abeifa, todo esse cen�rio j� n�o � mais uma "travessia", mas um "per�odo de sobreviv�ncia". Segundo ele, o momento � de "muita cautela", pois a travessia se torna mais longa a cada dia que passa. "Vamos ter de ter muita criatividade e sangue frio para passar por ela", disse. O executivo prev� que, caso o governo n�o d� sinais claros de mudan�a, a crise poder� se prolongar at� 2017. Para este ano, Visconde prefere n�o cravar proje��o para os emplacamentos de importados. "Se o mercado mantiver a queda de 30% acumulada at� agosto, ser� uma conquista importante", afirmou.
A venda de ve�culos importados no Brasil em agosto caiu 15,9% ante julho e recuou 39,2% na compara��o com o mesmo m�s do ano passado. As 28 marcas associadas � entidade emplacaram 4.463 autom�veis e comerciais leves fabricados fora do Pa�s. Com o resultado, os licenciamentos de importados acumulam queda de 30,3% neste ano at� agosto em rela��o a igual per�odo de 2014.
