Em reuni�o de emerg�ncia convocada ap�s o pa�s perder o grau de investimento do Brasil, a presidente Dilma Rousseff pediu unidade do governo e determinou agilidade nos an�ncios das medidas para reverter a situa��o. A expectativa � que as primeiras decis�es relativas a cortes de gastos sejam anunciadas nesta quinta-feira, � tarde durante entrevista que ser� concedida pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Segundo um ministro que participou do encontro, a posi��o do governo � "reconhecer as dificuldades financeiras" e demonstrar que est� preparado para tomar todas as "medidas de car�ter emergencial" que s�o necess�rias para adotar uma forte "pol�tica de austeridade fiscal".
Depois de patrocinar sucessivas tentativas frustradas de cria��o ou aumento de impostos, o Pal�cio do Planalto est� convencido de que o melhor caminho � "cortar na pr�pria carne", ou seja, investir na chamada reforma administrativa e diminuir os gastos da m�quina p�blica.
As decis�es n�o ser�o anunciadas de uma vez s�, mas a conta-gotas, conforme forem sendo definidas pela equipe econ�mica. N�o entraria, neste primeiro momento, a lista de quais minist�rios ser�o cortados.
Apesar de garantir que Dilma n�o pretende acabar com nenhum programa social, o mesmo ministro ouvido pela reportagem afirmou que ser� feito um "pente-fino" nos benef�cios que s�o pagos pelo governo, para "combater todo tipo de fraudes" e otimizar os gastos. Um exemplo das medidas que o Planalto pretende adotar � fazer um recadastramento do chamado seguro defeso, alvo de diversas den�ncias de irregularidades.
Ap�s a decis�o da S&P, Dilma reuniu hoje os principais ministros do governo no Planalto para discutir como reagir ao rebaixamento. O vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer, tamb�m participou do encontro. O peemedebista � um dos que sempre defendeu a tese de que, antes de elevar impostos, o governo deveria diminuir despesas.