S�o Paulo e Nova York, 10 - A diretora-gerente de ratings soberanos da Standard & Poor's (S&P), Lisa Schineller, refor�ou nesta quinta-feira, em teleconfer�ncia, que a proposta de Or�amento, contendo d�ficit prim�rio em 2016, enviada pelo governo ao Congresso h� 10 dias, foi a pe�a-chave para a decis�o da ag�ncia de rebaixar ontem o rating soberano do Brasil de BBB- para BB+, mantendo a perspectiva negativa da nota.
"A decis�o reflete a percep��o maior de riscos na execu��o do plano econ�mico do governo, em particular no lado fiscal", afirmou. "Houve piora tanto no lado fiscal como no econ�mico", acrescentou.
Para Lisa, o Or�amento com previs�o de d�ficit de R$ 30,5 bilh�es "sinaliza uma mudan�a no desejo de coes�o e em ir em frente com um plano s�lido, de negociar com o Congresso". "Os desafios do Brasil continuam a se acumular. No lado fiscal, os desafios continuam. A mudan�a de meta de super�vit prim�rio em julho para d�ficit agora � importante", ressalta.
Segundo ela, ainda que a ag�ncia entenda que o governo est� preparando medidas fiscais para enviar ao Congresso, o ambiente pol�tico atual torna dif�cil o avan�o no lado fiscal.
Lisa Schineller explicou que a economia tem sido afetada pelas investiga��es das den�ncias de corrup��o na Petrobras com a Opera��o Lava Jato. "Os riscos institucionais aumentaram", disse. "E mantivemos a perspectiva negativa porque h� risco de deteriora��o da situa��o atual", explicou.
A diretora disse que a S&P continua a ver aumento da d�vida e maior deteriora��o fiscal no Pa�s, o que poderia levar a um novo downgrade. "Mas podemos mudar a perspectiva para est�vel quando tivermos menos incertezas", ponderou.