O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, fez nesta quarta-feira, um discurso em que reconhece o momento de dificuldades por que passa a economia brasileira, mas disse que este momento pode ser de abertura de uma janela de oportunidades. Ele citou alguns setores, como o de infraestrutura, energia, �leo e g�s, por exemplo, como detentores de potenciais significativos de crescimento e merecedores de investimentos.
Coutinho, que participou do 1º Congresso Brasileiro da Ind�stria de M�quinas e Equipamentos organizado pela Associa��o Brasileira da Ind�stria de M�quinas e Equipamentos (Abimaq), anunciou a melhora nas condi��es do Programa de Sustenta��o do Investimento (PSI) para m�quinas e equipamentos agr�colas para micro, pequena e m�dia empresas, conforme antecipou o Broadcast, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado.
"Estamos em um momento desafiador e que combina dificuldades de redu��o do crescimento com alta das incertezas numa conjuntura dif�cil", disse o presidente do BNDES. Segundo Coutinho, s�o nesses momentos que "n�s temos obriga��o de ouvir, entender e fazer o que est� ao nosso alcance para ultrapassar as dificuldades".
"Vivemos um momento dif�cil, em que muitas vezes a sobreviv�ncia das empresas est� em jogo e por isso � necess�rio muita aten��o no plano fiscal para que possamos endere�ar uma vis�o de longo prazo, outros ajustes estruturais necess�rios no plano fiscal para pavimentar a retomada do crescimento", disse o presidente do banco de fomento.
Ele afirmou ainda que, principalmente, n�o se pode abandonar um projeto de futuro onde a ind�stria precisa ter um lugar estrat�gico para a recupera��o e sustenta��o do crescimento do Pa�s.
Coutinho disse que, a partir de um exerc�cio de sua equipe t�cnica, para atingir o n�vel m�dio de renda dos pa�ses de economia mais desenvolvida, o Brasil precisaria crescer em m�dia 4,5% ao ano por tr�s d�cadas. "Uma taxa de crescimento de 4,5%, em m�dia ao ano, requereria sem d�vida nenhuma investimentos m�nimos do PIB de em torno de 22%, 23%", disse.
O presidente do BNDES acredita na possibilidade de a economia brasileira j� registrar algum crescimento na margem no ano que vem. "Eu acho que sim (o Pa�s pode crescer). Depende, obviamente, da reconstitui��o das condi��es fiscais de longo prazo que s�o uma base importante para a confian�a. Ent�o o Pa�s pode recuperar o crescimento na margem", disse.
Alguns economistas do mercado financeiro e do setor produtivo projetam queda de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e algo em torno de 1,5% de retra��o no pr�ximo.