A diretora-gerente da Moody's Latin America, Susan Knapp, afirmou nesta ter�a-feira, 6, que as for�as subjacentes do Brasil ainda s�o suficientes para manter o grau de investimento, apesar de as din�micas atuais de crescimento serem piores do que a ag�ncia antecipava. A declara��o foi dada na 17ª Confer�ncia Anual da Moody's, em S�o Paulo.
"As for�as subjacentes ainda s�o suficientes para manter o grau de investimento, mas o Brasil enfrenta desafios, como o crescimento fraco, desequil�brios fiscais persistentes e a situa��o pol�tica", comentou Susan. A diretora apontou que o desempenho econ�mico brasileiro tem sido mais fraco do que a Moody's havia antecipado e que espera-se uma melhora apenas moderada no curto prazo.
Segundo Susan, o aperto monet�rio, somado ao consumo e investimento fraco e � confian�a baixa de empresas e fam�lias, afetam negativamente as perspectivas econ�micas para o Brasil neste ano e no pr�ximo. "O governo n�o tem sido capaz de cumprir as metas fiscais e falta consenso pol�tico para lidar com a rigidez estrutural, o que � essencial para garantir o equil�brio fiscal". Ela lembrou que as baixas taxas de aprova��o do governo Dilma Rousseff tamb�m colaboram para a crise pol�tica.
A Moody's acredita que a d�vida bruta do Brasil deve continuar subindo e superar 70% do PIB no fim deste ano. Enquanto isso, o Banco Central ter� de continuar atuando para reduzir as press�es inflacion�rias. "Embora o atual ciclo de aperto monet�rio esteja se aproximando do fim, a Selic est� no maior patamar em sete anos e deve ter uma queda apenas moderada em 2016", afirmou.
Susan apontou que as din�micas de crescimento do Brasil est�o cada vez mais complicadas, n�o apenas por problemas internos, mas tamb�m em fun��o de quest�es externas. Ela citou a desacelera��o do crescimento global, a turbul�ncia nos mercados chineses, a estagna��o da Europa e a perspectiva de normaliza��o da pol�tica monet�ria nos EUA. "A Am�rica Latina n�o � alheia � corrup��o e cada vez t�m sido mais frequentes casos de corrup��o envolvendo servidores p�blicos e privados de alto escal�o", acrescentou.