
A campanha foi criada depois conversas entre as duas empresas. Segundo o propriet�rio do est�dio, Alex Stoppa, por trabalhar com fotografia de mulheres n�o-modelos, eles decidiram unir for�as no projeto. Uma campanha foi lan�ada nas redes sociais convidando as mulheres interessadas a participar. Cinco delas foram selecionadas para sess�es de foto com roupas �ntimas da marca. “S�o biotipos e hist�rias bem diferentes. A ideia � retratar a beleza natural de cada mulher. Toda mulher tem a sua beleza”, afirma Stoppa.
Uma das selecionadas foi a estudante de comunica��o social, de 28 anos, Kelly Jana�na. Em depoimento para a campanha, ela conta que nunca tinha parado para pensar sobre a pr�pria sensualidade e que tentava copiar um perfil que n�o a representava. Mas mudou a percep��o. “De uns tempos pra c� estou me aceitando da forma que sou: cabelo crespo, negra, magra e claro com estrias e manchinhas, mas, mesmo com tudo isso, me acho linda. Fiquei muito tempo reprimida alisando cabelo, tentando ser branquinha, mas com tudo isso eu n�o era feliz, porque nunca estava bom”, diz a jovem em um dos perfis apresentados.
Assim como o projeto, a cole��o atual de lingeries leva o nome de La Belle Femme (a bela mulher, traduzido do franc�s). A idealizadora do projeto, Ana Carolina Cordeiro, filha de Terezinha Faria, propriet�ria da loja, afirma que o projeto refor�a a tradi��o da empresa de criar roupas �ntimas personalizadas para as clientes. Segundo ela, a Sedu��o Lingerie trabalha h� 23 anos com “modelos que favorecem as individualidades das mulheres”. E refor�a: “A cole��o � uma forma de legitimar que toda mulher � bonita, de estimular a mulher da maneira como ela �”. Hoje a campanha ser� lan�ada em um coquetel na loja, com as fotografias das mulheres e textos de apresenta��o de cada uma delas sobre a rela��o com a beleza.
Experi�ncia Apesar de encaixar-se em um formato de beleza repetido ao longo dos �ltimos anos nas passarelas de todo o mundo, Suellayne Bonani recorda que, por ter nascido em Oliveira, sofria cr�ticas da fam�lia e de conhecidos por ser muito magra. “Falar do meu corpo era algo imposs�vel quando crian�a e j� adolescente. Como morava no interior de Minas, ser magra n�o remetia � beleza, ser magra remetia � falta de comida, qualquer doen�a, menos � beleza”, recorda. Hoje ela se diz feliz com os quase 50 quilos e apaixonada com o seu corpo, mas, na sess�o de fotos e durante a reda��o do seu perfil, recordou de situa��es cr�ticas, como as vezes que “colocava zilh�es de cal�as e faixas na perda para engross�-la”.