Com as vendas fracas durante todo o ano no com�rcio de Belo Horizonte, principalmente em datas comemorativas, a contrata��o de funcion�rios tempor�rios para atender a demanda de clientes do Natal ser� a menor dos �ltimos tr�s anos. Segundo levantamento divulgado ontem pela Fecom�rcio MG, 68,7% dos empres�rios n�o admitir�o esse tipo de m�o de obra no fim deste ano.
“Com o faturamento em decl�nio, os empres�rios est�o mais cautelosos e reduzem custos", observa Guilherme Almeida, economista da Fecom�rcio MG. Segundo ele, entre as alternativas para manter a competitividade est� a capacita��o dos funcion�rios. "Muitos v�o aproveitar os profissionais e qualific�-los. O custo � menor", explica.
No ano passado, por exemplo, a perspectiva de contrata��o era de 33%, enquanto em 2015 a previs�o � de 19,1%, uma queda de 13,9 pontos percentuais. Entre as empresas que contrataram m�o de obra tempor�ria em 2014, 65,5% n�o repetir�o o feito este ano. Entre os motivos apontados para a n�o contrata��o est�o a falta de confian�a na economia (21,4%), a prefer�ncia pela qualifica��o dos efetivos (12,6%) e a falta de recurso (6,9%). "Com a infla��o e juros em alta, o consumidor � atingido e consome menos e isso reflete a demanda fraca", destaca o economista.
O estudo da federa��o comparou, tamb�m, as tend�ncias de admiss�o tempor�ria de 2015 em rela��o a 2014. Segundo a opini�o dos entrevistados, 58,3% abrir�o a mesma quantidade de vagas do ano anterior, enquanto 23,6% contratar�o menos pessoas – uma redu��o m�dia de 42,9%. Entre as vagas oferecidas pelo com�rcio varejista nesse per�odo, 60,2% s�o para vendedor e 30,1% para operador de caixa. “As oportunidades existem, mas muitas vezes o gestor se depara com algumas dificuldades no processo de preenchimento desses postos, como a falta de experi�ncia (30,8%), a falta de profissionalismo (21,5%) e a falta de capacita��o dos contratados (20%)”, avalia Almeida.
Vendas abaixo da expectativa
Em setembro, o volume de vendas no com�rcio varejista da capital caiu, em m�dia, 22,7% em rela��o a agosto, segundo a An�lise do Com�rcio Varejista, elaborada pela Fecom�rcio MG. Para a maioria dos entrevistados, 59,9%, o neg�cio apresentou um faturamento pior em rela��o a agosto (55,8%). O percentual ficou abaixo do esperado pelos empres�rios - 65,7% acreditavam que o faturamento do m�s passado seria melhor, mas apenas 18,5% tiveram essa expectativa concretizada.
Apesar do cen�rio adverso, 75,1% dos entrevistados esperam melhorar a situa��o financeira de suas empresas quando o balan�o do segundo semestre do ano fechar. “Para reverter o quadro, o setor vai apostar no apelo emocional das datas comemorativas do fim de ano para salvar as vendas, al�m de lan�ar m�o de promo��es para enfrentar a crise e atrair os consumidores. "A estrat�gia ser� empregada em outubro por 73,2% dos entrevistados”, afirma o economista Guilherme Almeida.