Beleza: neg�cio que exige capacita��o

Mesmo com a retra��o da economia, o setor da beleza e est�tica est� em franco crescimento no Brasil. Segundo dados da Associa��o Nacional do Com�rcio de Artigos de Higiene Pessoal e Beleza, em Minas Gerais, o n�mero de sal�es de beleza quase triplicou em oito anos. Se, em 2007, eram 19.976 estabelecimentos registrados em todo o estado, hoje j� s�o mais de 25 mil. Somente em Belo Horizonte, h� em torno de 5 mil sal�es regularizados. Esse n�mero pode chegar a 8 mil se contabilizados os estabelecimentos que trabalham na informalidade.

Sua cadeia de valor � grande e vai da ind�stria de cosm�ticos e equipamentos at� os t�o frequentados sal�es de beleza. O empreendimento, ali�s, � uma das principais alternativas para quem quer ser dono do pr�prio neg�cio ou pretende mudar de ramo de atua��o. E para vencer a concorr�ncia, capacita��o e especializa��o s�o fundamentais, segundo especialistas.

Grandes empreendimentos surgem nessa �rea, com compet�ncia t�cnica para prestar servi�os de qualidade e com tratamento diferenciado ao cliente. J� existem hoje sal�es de beleza que ocupam mais de 1.800 metros quadrados de �rea nobre em espa�os de grande circula��o de pessoas. “Realmente, o mercado de beleza continua crescendo, claro que em propor��es menores por causa da crise, mas ainda somos o terceiro maior mercado consumidor do mundo na �rea de est�tica e beleza. Com isso, o importante � saber como � poss�vel se diferenciar entre os demais. Da�, destaco a import�ncia da forma��o profissional e enquanto empreendedor individual”, destaca a especialista em moda e beleza Patr�cia Carvalhais, coordenadora dos cursos da �rea no Servi�o Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).

Segundo a especialista, com o mercado em retra��o, o consumidor busca o essencial, “mas n�o deixa de faz�-lo exigindo qualidade e diferencia��o. Ent�o, a ess�ncia � oferecer o que esse consumidor est� precisando. E s� por meio de uma boa gest�o e de uma excelente forma��o � que a pessoa ser� capaz de oferecer isso. O conhecimento t�cnico da profiss�o torna-se um diferencial”.

A oferta de cursos na �rea � grande, mas � importante avaliar a qualidade do produto ofertado. “Certamente, a diferencia��o no mercado � a capacita��o t�cnica. O profissional tem de ser formado para saber utilizar determinado produto, por exemplo, e saber por que o est� o utilizando. Ent�o, o principal, quando voc� vai buscar um curso de cabeleireiro, � saber o que ele vai lhe oferecer para entender a realidade dessa �rea. � necess�rio pensar na capacita��o t�cnica.”

Patr�cia afirma que o Senac forma pessoal capaz de trabalhar e entender todas as fun��es que um cabeleireiro oferece. Os cursos s�o ministrados durante seis meses, de segunda a sexta-feira. Os alunos, que precisam ser maiores de 16 anos e ter o ensino fundamental completo, estudam teorias antes de praticar o que aprenderam na sala de aula.

Gerente de Comunica��o do Instituto Embelleze, no Centro de Belo Horizonte, Thiago Campos tamb�m destaca a import�ncia da capacita��o para quem deseja se tornar cabeleireiro. “Aconselho que a pessoa procure uma institui��o de renome, que busque conhecer o conte�do program�tico do curso que deseja fazer e que n�o procure somente aprender a cortar cabelo. Mesmo porque, um bom cabeleireiro tem de saber bem mais do que corte. E nos deparamos com cursos que n�o t�m uma boa base te�rica sobre as t�cnicas da profiss�o.”

CUIDADOS COM O HOMEM O especialista atenta ainda para um novo nicho da �rea em ascens�o. “Temos observado grande procura por cursos de barbeiros, espec�fico para os cuidados com o homem. Isso significa que, at� para barbear, � preciso ter uma forma��o t�cnica. Os homens est�o entrando na �rea da beleza, dispostos a ser donos do pr�prio neg�cio.”

O gerente acrescenta que, “mesmo com a oferta de empreendimentos no setor, n�o h� muitos profissionais qualificados. Ent�o, est� faltando esse tipo de profissional na �rea e o brasileiro est� cada vez mais exigente. Atualmente, o consumidor vai procurar por quem lhe ofere�a algo melhor, um diferencial. Por isso a forma��o de qualidade � t�o necess�ria”.