Mandado expedido pela ju�za Lucimeire Rocha, da Vara de Inqu�ritos Criminais do Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG), decretou na ter�a-feira a pris�o preventiva do presidente do sistema Federa��o do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecom�rcio-MG), L�zaro Luiz Gonzaga. O empres�rio � investigado pelo Minist�rio P�blico (MPMG), que apura den�ncias de superfaturamento, enriquecimento il�cito e lavagem de dinheiro na institui��o. At� o in�cio da noite de ontem, n�o havia registro de entrada do executivo no sistema prisional mineiro, segundo informa��o da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds).
O advogado de L�zaro Gonzaga, Hebert Chimicatti, confirmou que o mandado de pris�o foi expedido na tarde de ter�a-feira e afirmou que ainda ontem entraria com pedido de revoga��o da pris�o. “O mandado foi fundamentado em um equ�voco”, declarou Chimicatti, que preferiu n�o detalhar qual teria sido a falha. Diante de rumores que haveria um segundo mandado de pris�o expedido pela Justi�a Federal, o advogado negou haver qualquer outra decis�o semelhante, endere�ada a seu cliente.
L�zaro Gonzaga foi afastado da presid�ncia da Fecom�rcio-MG. A institui��o est� sendo conduzida por interventores da empresa Dictum Instituto de Gest�o e Per�cia desde o �ltimo dia 10, nomeados por 90 dias, prorrog�veis por igual per�odo. Segundo o promotor Eduardo Nepomuceno, da Promotoria de Justi�a de Defesa do Patrim�nio P�blico de Belo Horizonte, e respons�vel pela investiga��o, o trabalho do MP j� est� em seus tr�mites finais aguardando conclus�o da per�cia. A expectativa � de que o MPMG conclua a investiga��o e ofere�a den�ncia neste ano.
Em recente entrevista ao Estado de Minas, Nepomuceno afirmou que os trabalhos est�o avan�ando e as decis�es judiciais sobre o caso demonstram ter havido irregularidades e pr�ticas il�citas. H� ind�cios de que recursos gastos pelas institui��es do sistema Fecom�rcio-MG foram desviados em benef�cio de seus gestores.
O escrit�rio de auditoria e assist�ncia em processos judiciais est� avaliando todos os contratos feitos pelo Servi�o Social do Com�rcio (Sesc) e o Servi�o Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), que integram o sistema empresarial em Minas, desde o fim de 2013, quando come�ou a investiga��o conduzida pelo promotor Eduardo Nepomuceno. O esquema de desvio de recursos j� teria causado preju�zos de aproximadamente R$ 70 milh�es. A reportagem do EM entrou em contato com a Justi�a Federal, que informou n�o haver no �rg�o expedi��o de mandado para o executivo.