Os s�cios do BTG Pactual aceleraram as negocia��es para a aquisi��o da fatia do banco, que pode se aproximar de 30%, detida por Andr� Esteves, conforme apurou o Broadcast, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado. A decis�o teria sido tomada com o objetivo de blindar o banco das acusa��es que pesam sobre Esteves, que no domingo, 29, renunciou ao cargo de presidente do BTG.
Ao mesmo tempo, a institui��o, para honrar com seus compromissos de curto prazo, negocia a venda de alguns ativos, como Estapar e BR Pharma que, juntos com a fatia da Rede D'Or, poderiam garantir at� R$ 5 bilh�es ao banco.
Os executivos do BTG passaram o fim de semana em reuni�es para definir a estrat�gia que seria adotada nesta semana. O domingo era apontado como um dia decisivo, com o vencimento do prazo da pris�o tempor�ria de Esteves.
Os s�cios bateram o martelo sobre a aquisi��o da participa��o ap�s o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), converter a pris�o tempor�ria do banqueiro em preventiva, apurou o Broadcast.
Na pr�tica, isso significa que n�o h� mais data de vencimento da deten��o. Esteves � acusado de tentar obstruir as investiga��o da Lava Jato.
O banco nega que a negocia��o esteja em andamento. "Nosso modelo de sociedade de partnership (sociedade) � forte", disse um s�cio do BTG. "Ainda nem conseguimos falar com o Andr�."
Por ora, o pre�o � o principal entrave, mas prazo e forma de pagamento tamb�m s�o algumas das quest�es que ainda est�o sendo negociadas. O valor de mercado do banco segue em queda e, segundo fontes, os s�cios querem chegar a um valor justo por essa participa��o, dado o pano de fundo dessa transa��o.
Fontes afirmam que Esteves pedia por sua participa��o no BTG entre R$ 2 bilh�es e R$ 3 bilh�es, valor visto como excessivo pelos demais s�cios. Uma fonte diz que � justamente o pre�o que pesa no desfecho.
Ao todo, segundo o site do BTG, a institui��o possui 64 s�cios. O BTG � gerido pelo modelo de partnership, ou seja, os executivos do banco tamb�m s�o s�cios. Segundo informa��es no site do BTG, onde a partnership � explicada, "quando um s�cio sai do banco, suas a��es s�o automaticamente adquiridas pelos demais".
Nos �ltimos dias, um desenho que vinha sendo estudado era a venda dessa participa��o para um "terceiro". As conversas chegaram a envolver um banco de maior porte.
A inten��o seria trazer a credibilidade de outra institui��o para o BTG. No entanto, n�o houve acordo em rela��o ao pre�o. Outra quest�o era o desconforto em rela��o ao neg�cio.
Na segunda-feira, 29, o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, negou que pretenda fazer neg�cio com o BTG. "N�o fomos procurados para avaliar os ativos do BTG. Nem faria sentido para n�s. Estamos focados no HSBC e na integra��o do banco", afirmou durante encontro com analistas e investidores.
Situa��o do BTG
Desde a pris�o de Andr� Esteves, na quarta-feira, 25, os fundos abertos do BTG Pactual registraram resgates de R$ 7,2 bilh�es, de acordo com dados da Econom�tica.
O banco tem sido penalizado no mercado acion�rio. Na segunda-feira, as units (pacote de ativos) do BTG ca�ram 8,53%, para R$ 20,90. No m�s, a queda � de 27,18%.
A queda nos pap�is do banco refletiu a nova den�ncia contra o banco. Um documento colhido pelos investigadores da Lava Jato apontou um suposto pagamento de R$ 45 milh�es ao presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para alterar uma medida provis�ria que beneficiaria o BTG.
O documento foi encontrado na resid�ncia do chefe de gabinete do senador Delc�dio Amaral. Cunha e o banco negaram qualquer irregularidade.
Internamente, o banco trabalha com o intuito de tranquilizar os clientes e estancar os saques. "O banco vai limitar sua �rea de atua��o, mas est� seguro", disse um s�cio do BTG.
