S�o Paulo, 02 - Ap�s o presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ter aceitado nesta noite de quarta-feira, um pedido de abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, a primeira rea��o do mercado financeiro, no preg�o de amanh�, dever� ser negativa, prev� o economista Bruno Lavieri, da 4E Consultoria. "O deferimento eleva a incerteza porque n�o se sabe quanto tempo vai durar o processo, o que levar� a um cen�rio de uma falta de governan�a", explicou Lavieri.
Por outro lado, continua o economista, se o processo resultar na sa�da de Dilma, o mercado dever� reagir de forma positiva. "Isto porque o Michel Temer (vice-presidente, que assumiria o cargo em caso de impeachment) sinaliza que n�o tem a inten��o de disputar uma reelei��o em 2018. Essa sinaliza��o facilita trazer a oposi��o para o lado dele e, desta forma, ele teria uma bancada maior para aprovar o ajuste fiscal", afirmou.
Sem a inten��o de se reeleger, Temer tamb�m teria mais disposi��o pol�tica para implementar medidas impopulares, como o aumento de tributos e o corte de despesas, acrescentou Lavieri. Al�m disso, afirmou o economista, o PMDB, partido de Temer e de Cunha, tem uma postura um pouco mais ortodoxa no aspecto econ�mico, mais alinhada com o ajuste fiscal. O pedido para processo de impeachment deferido por Cunha foi elaborado pelos juristas H�lio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaina Paschoal.