O Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central (BC) adotar� as medidas necess�rias para trazer a infla��o o mais pr�ximo poss�vel de 4,5%, sem estourar o teto da meta (6,5%), em 2016. Para 2017, o comit� esperar fazer a infla��o convergir para o centro da meta (4,5%). A afirma��o consta da ata da �ltima reuni�o do Copom, divulgada hoje (3).
Na ata, o comit� ressalta que h� incertezas, principalmente, “quanto � velocidade do processo de recupera��o dos resultados fiscais e � sua composi��o”. Outro fator considerado pelo BC � que o realinhamento de pre�os dom�sticos em rela��o aos internacionais e livres em rela��o aos administrados est� mais demorado e intenso que o previsto. “Nesse contexto, independentemente do contorno das demais pol�ticas, o comit� adotar� as medidas necess�rias de forma a assegurar o cumprimento dos objetivos do regime de metas, ou seja, trazer a infla��o o mais pr�ximo poss�vel de 4,5% em 2016, circunscrevendo-a aos limites estabelecidos pelo CMN [Conselho Monet�rio Nacional], e fazer convergir a infla��o para a meta de 4,5% em 2017”.
Os diretores de Assuntos Internacionais, Tony Volpon, e de Organiza��o do Sistema Financeiro, Sidnei Marques, consideram que seria oportuno ajustar, de imediato, a taxa Selic, para reduzir os riscos de n�o cumprimento dos objetivos do regime de metas para a infla��o. “No entanto, a maioria dos membros do Copom considerou monitorar a evolu��o do cen�rio macroecon�mico at� sua pr�xima reuni�o para, ent�o, definir os pr�ximos passos na sua estrat�gia de pol�tica monet�ria”, informa a ata. A pr�xima reuni�o do Copom est� marcada para os dias 19 e 20 de janeiro.
Para institui��es financeiras consultadas semanalmente pelo BC, a infla��o, medida pelo �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor (IPCA), vai superar o teto da meta (6,5%), tanto neste ano quanto em 2016. Para este ano, a estimativa � 10,38% e para 2016, 6,64%.
Este ano, a infla��o est� sendo pressionada pelos aumentos de pre�os administrados como energia e combust�veis e pela alta do d�lar, que influencia o pre�o dos produtos e das mat�rias-primas importadas.
Embora ajude no controle dos pre�os, o aumento da taxa Selic prejudica a economia, que atravessa um ano de recess�o, com queda na produ��o e no consumo. A taxa Selic � usada nas negocia��es de t�tulos p�blicos no Sistema Especial de Liquida��o e Cust�dia (Selic) e serve de refer�ncia para as demais taxas de juros da economia. Ao reajust�-la para cima, o BC cont�m o excesso de demanda que pressiona os pre�os, porque os juros mais altos encarecem o cr�dito e estimulam a poupan�a. Quando reduz os juros b�sicos, o Copom barateia o cr�dito e incentiva a produ��o e o consumo, mas alivia o controle da infla��o.
Proje��es
O BC aumentou a proje��o para a alta do pre�o da gasolina, este ano, de 15% para 17,6%. Tamb�m subiu a estimativa de reajuste do pre�o do botij�o de g�s de 19,9% para 21,7% e das tarifas de energia de 51,7% para 52,3%. A estimativa para o conjunto de pre�os administrados � 17,7% em 2015, ante 16,9% considerados na reuni�o do Copom de outubro. Para 2016, a proje��o � 5,9%, 0,1 ponto percentual cima do valor considerado na reuni�o do comit� em outubro.