S�o Paulo, 07 - O fraco desempenho econ�mico de pa�ses emergentes como o Brasil est�o "depreciando" o crescimento mundial, mas � pouco prov�vel que desencadeie uma recess�o global, avalia a ag�ncia de classifica��o de risco Fitch Ratings, em relat�rio.
A ag�ncia prev� que o crescimento econ�mico do planeta ser� de 2,3% em 2015, 2,6% em 2016 e de 2,7%, em 2017 - uma modesta melhora depois do pior desempenho desde a crise financeira global em 2015 (+2,3%). De acordo com a Fitch, enquanto as preocupa��es em rela��o ao crescimento do global do �ltimo inverno ainda n�o cessaram, "os problemas dos mercados emergentes n�o parecem estar causando dano extremo nas atividades das economias mais desenvolvidas".
"Pol�ticas de est�mulos econ�micos t�m avan�ado na zona do euro e na China e o crescimento global de gastos com o consumo parecem estar se segurando".
Com exce��o do Brasil, a Fitch manteve as estimativas de crescimento praticamente inalteradas desde setembro. Agora, a ag�ncia espera que o Produto Interno Bruto (PIB) do Pa�s caia 3,7% em 2015 (comparados com uma queda de 3,00% na �ltima estimativa) e encolha 2,5% em 2016 (comparados com uma redu��o de 1,00%), em meio a uma forte queda no investimento e no consumo, al�m de um mercado de trabalho "deteriorado" e "um espa�o muito limitado para pol�tica monet�ria", diz a Fitch.
Em rela��o � China, a avalia��o � de que "os piores temores de uma desacelera��o muito acentuada do PIB no curto prazo - ap�s a volatilidade do mercado financeiro no ver�o do Hemisf�rio Norte - n�o foram confirmados pelos indicadores subsequentes". "Al�m de setores robustos de consumo e de servi�os, os investimentos em infraestrutura mantiveram-se relativamente fortes, apoiados pela flexibiliza��o da pol�tica". No entanto, a Fitch espera que a economia da China desacelere ainda mais no �ltimo trimestre de 2015 e em 2016.
As previs�es mostram uma leve melhora no crescimento dos mercados emergentes em 2016, mas � pouco prov�vel que se verifique uma recupera��o real, diz a Fitch. "Em vez disso, refletem uma estabiliza��o na R�ssia, onde uma grande compress�o no consumo e nas importa��es est�o impulsionando o com�rcio l�quido, enquanto as atividades no Brasil est�o afundando ainda mais, com previs�o de encolhimento cumulativo de 6,2% no PIB em 2015 e 2016". A �ndia � o �nico pa�s do Brics (Brasil, R�ssia, �ndia, China e �frica do Sul) a sustentar as previs�es de crescimento.
O relat�rio ainda informa que o consumo privado est� se sustentando nas maiores economias, crescendo no ritmo mais acelerado desde antes da crise financeira global. Al�m disso, "uma melhora nos mercados de trabalho nos pa�ses avan�ados tamb�m est� ajudando na seguran�a do trabalho, com um ou dois sinais de infla��o salarial mais forte nos EUA e o crescimento do empr�stimo aos consumidores".
"� prov�vel que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) proceda de forma cautelosa depois da primeira eleva��o de juros, prevista para este m�s. N�s esperamos que o Fed eleve os juros quatro vezes antes do fim final de 2016."