As turbul�ncias da economia brasileira, que trafega pela maior e mais prolongada recess�o da hist�ria, levaram a companhia a�rea Gol a comunicar ao mercado uma previs�o de redu��o de 4%a 6% nos seus voos no mercado dom�stico no primeiro semestre do ano que vem. Em apresenta��o a investidores publicada pela empresa na Comiss�o de Valores Mobili�rios, a empresa informa que a previs�o faz parte dos ajustes na malha dom�stica da companhia para se adaptar “� nova realidade do setor” para o ano que vem diante da retra��o da economia. De acordo com a diretoria da empresa, essa redu��o representar� um corte de 80 a 100 voos di�rios entre mar�o e abril do pr�ximo ano, ao fim da alta temporada. No primeiro semestre deste ano, a Gol registrou 149,5 mil decolagens.
Em setembro, a empresa disse que praticou tarifas m�dias superiores ao patamar do segundo trimestre de 2015 em agosto, m�s em que reduziu a oferta no mercado dom�stico e registrou recuo da demanda em 0,6% no m�s anterior ante agosto de 2014, “em linha com sua proje��o para queda entre 2% e 4% no segundo semestre, equivalente a uma queda de at� 1% em 2015”, disse a Gol em comunicado � �poca. Apesar de ter diminu�do a oferta, a demanda caiu em ritmo superior, de 2,8%, o que reduziu a ocupa��o dos voos dom�sticos da empresa em 1,7 ponto percentual ante agosto de 2014, para 76,1%. O volume de passageiros transportados nos voos dom�sticos recuou 7,8%.
Com a conjuntura desfavor�vel a empresa promover� os ajustes para reduzir custos fixos, com corte no n�mero de funcion�rios. A empresa deve se valer de licen�as n�o-remuneradas e demiss�es volunt�rias para ajustar o quadro de pessoal. A perspectiva, segundo informou o presidente da Gol, Constantino de Oliveira J�nior � ag�ncia de not�cia Reuters, a diminui��o dos voos vai ser feita na propor��o de 80% para a Gol e 20% para a Webjet. Ainda de acordo com ele, a redu��o n�o representar� descontinuidade de nenhuma rota e a redu��o vai ser feita nas decolagens noturnas.
Press�o de custos afeta a companhia
Constantino de Oliveira informou � Reuters que no quarto trimestre os custos da companhia a�rea est�o pressionados pelo custos dos combust�veis, pelas tarifas aeroportu�rias e pela desvaloriza��o do real frente ao d�lar. “E no momento em que passou a existir essa press�o, principalmente sobre os custos vari�veis, n�s nos vimos obrigados a revisar a malha... e nessa revis�o n�s enxergamos a necessidade de reduzir em torno de 80 a 100 voos di�rios”, afirmou Oliveira, em teleconfer�ncia.
Segundo ele, n�o � poss�vel prever o n�mero de desligamentos de funcion�rios com os ajustes porque tanto no caso das licen�as n�o-remuneradas quanto nas demiss�es volunt�rias o processo est� em curso. Para Constantino, n�o devem ser feitas medidas como esta neste ano e que as medidas de redu��o para o primeiro semestre do ano que vem foram planejadas de forma antecipada. “� uma mudan�a de vis�o e n�o d� pra atribuir essa mudan�a de vis�o a um erro. O erro seria a gente permanecer com problemas, permanecer com v�os dando preju�zo pra companhia e talvez comprometendo a sobreviv�ncia da empresa. Eu diria que houve uma mudan�a no cen�rio macroecon�mico, de patamares, e n�s estamos nos ajustando a essa mudan�a”, afirmou Constantino de Oliveira