Pesquisa divulgada hoje pelo Serasa apontou o desemprego como principal motivo da inadimpl�ncia dos brasileiros. Segundo o levantamento, realizado com 8.288 consumidores, 26% dos entrevistados disseram que a perda do emprego � a explica��o para as contas atrasadas. A segunda raz�o mais apontada, citada por 17% dos consumidores, � o descontrole financeiro.
O economista Luiz Rabi, da Serasa, informou que � a primeira vez que a empresa realiza um levantamento do tipo. As informa��es foram obtidas por meio de enquetes com consumidores negativados que compareceram �s ag�ncias da Serasa.
Rabi chamou aten��o para o resultado em um momento em que h� crescimento simult�neo da inadimpl�ncia e do desemprego. De acordo com o economista, h� alguns anos a inadimpl�ncia tamb�m estava aumentando, mas o desemprego estava em queda.
“Tivemos, tamb�m em 2011 e 2012, um surto de inadimpl�ncia no pa�s. S� que, naquela �poca, o desemprego estava em queda. O que estava muito forte era o cr�dito. Se a mesma pesquisa tivesse sido feita no per�odo, provavelmente o desemprego n�o seria a principal causa da inadimpl�ncia, mas sim o descontrole financeiro.”
Segundo dados da Serasa, em 2011 a inadimpl�ncia cresceu 21,5% e, em 2012, 15%. Em 2013, o n�mero de inadimplentes caiu 1,9%. Em 2014 voltou a crescer, aumentando 6,3%. Em 2015, a inadimpl�ncia registrou alta de 17% de janeiro a agosto na compara��o com igual per�odo do ano passado.
Do lado do desemprego, informa��es do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Minist�rio do Trabalho mostram que outubro foi o s�timo m�s seguido de fechamento de vagas formais. Naquele m�s, o Brasil fechou 169.131 postos de trabalho e teve a menor gera��o de empregos para o per�odo desde 1992, ano de in�cio da s�rie hist�rica.
Al�m da perda de emprego e descontrole, os demais motivos indicados na pesquisa da Serasa para inadimpl�ncia foram o esquecimento do pagamento de contas (7%), empr�stimo do nome a terceiros (7%), despesas extras com servi�os, educa��o e sa�de (7%), ser v�tima de fraude (5%), alta dos pre�os (5%), diminui��o da renda pessoal e/ou familiar (5%), atraso de sal�rios (3%) e doen�a ou morte na fam�lia (3%).