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Estado de Minas

Moody's amea�a tirar grau de investimento do Brasil em at� 3 meses

Em comunicado, a ag�ncia citou a paralisia pol�tica como um dos entraves � melhora da economia


postado em 10/12/2015 09:37 / atualizado em 10/12/2015 09:47

S�o Paulo, 10 - A ag�ncia de classifica��o de risco Moody’s colocou a nota do Brasil em revis�o para rebaixamento. Hoje, a nota est� no n�vel Baa3, �ltimo degrau do grau de investimento, considerado refer�ncia de bom pagador para o mercado. Em at� tr�s meses, a Moody’s decidir� se rebaixa o Brasil para o grau especulativo.

Segundo a ag�ncia, a revis�o se deve � r�pida deteriora��o da economia e das tend�ncias das contas p�blicas, al�m da reduzida chance de revers�o desses problemas nos pr�ximos dois a tr�s anos. Em comunicado, a Moody’s citou a paralisia pol�tica como um dos entraves � melhora da economia.

Caso o rebaixamento seja confirmado, a Moody’s ser� a segunda das tr�s grandes ag�ncias de classifica��o de risco a tirar do Brasil o grau de investimento - a Standard & Poor’s j� havia rebaixado o Pa�s em setembro. Como muitos fundos de investimentos internacionais s� fazem aplica��es em pa�ses que tenham o aval de bom pagador de pelo menos duas ag�ncias, pode haver uma forte sa�da de d�lares do Pa�s.


Piora dos indicadores

O vice-presidente da Moody’s, Mauro Leos, informou ao Broadcast, servi�o em tempo real da Ag�ncia Estado, que a revis�o da nota brasileira ser� conclu�da em at� tr�s meses. Antes disso, os t�cnicos da ag�ncia dever�o fazer nova visita ao Pa�s.

"Queremos ver se nossa avalia��o n�o est� pessimista ou otimista demais", disse Leos, acrescentando que desde agosto os indicadores econ�micos apresentaram piora. "N�o � s� o desempenho de 2015 que est� sendo afetado. A evolu��o a m�dio prazo tamb�m."

Entre os pontos mais preocupantes, est�o a perspectiva de forte contra��o da economia por dois anos seguidos e a tend�ncia de crescimento do tamanho da d�vida em rela��o ao Produto Interno Bruto (PIB). Pelos c�lculos da Moody’s, a economia dever� encolher 3,5% neste ano e 3,0% em 2016. J� a d�vida deve ficar em 68,5% do PIB em 2015 e avan�ar para 71,2% em 2016.

A expectativa � de que o resultado prim�rio (receitas do governo menos despesas, sem contar os gastos com juros) seja de um d�ficit de 1% do PIB em 2015 e tamb�m em 2016. O d�ficit total, incluindo os gastos com juros, deve ficar em 9,9% do PIB em 2015 e 9,4% em 2016.

Ainda � esperado que a infla��o feche este ano em 10% e desacelere para 6,5% em 2016, com a taxa b�sica de juros (Selic) se mantendo no atual patamar de 14,25%.

Sem reformas nem confian�a. A crise pol�tica, na avalia��o de Leos, dificulta o acerto das contas p�blicas. "� dif�cil esperar que haja reformas estruturais nesse contexto", afirmou. "� preciso ter a capacidade de se estabelecer acordos pol�ticos para recuperar a confian�a e os investimentos."

Em relat�rio, a Moody’s informou que "o crescimento da economia e super�vits fiscais de pelo menos 2% do PIB s�o necess�rios para estabilizar os �ndices de d�vida e assegurar sustentabilidade fiscal nos pr�ximos anos, ainda mais se a carga de juros sobre a d�vida do governo aumentar".

Petrobras rebaixada

Ainda nesta quarta-feira, a Moody’s cortou a nota da Petrobras de Ba2 para Ba3 e a colocou em revis�o para poss�vel novo rebaixamento. O perfil de risco da empresa foi reduzido de b2 para b3.

Em comunicado, a ag�ncia informou que o rebaixamento reflete o elevado risco de refinanciamento da Petrobras, dada a deteriora��o das condi��es do setor, que torna ainda mais dif�cil levantar caixa por meio da venda de ativos. O aperto nas condi��es de cr�dito a empresas no Brasil e para a ind�stria do petr�leo e a magnitude das necessidades de financiamento da companhia tamb�m contribuem para esse cen�rio. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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