S�o Paulo, 10 - O ministro do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior (MDIC), Armando Monteiro, afirmou nesta quinta-feira, que a decis�o da ag�ncia de classifica��o de risco Moody's de colocar o rating soberano do Brasil em observa��o para poss�vel rebaixamento � uma "not�cia ruim", mas que j� estava "precificada". "Desde o rebaixamento do rating soberano pela Standard & Poor's, e considerando a evolu��o do quadro fiscal, j� se esperava que isso pudesse acontecer", disse.
Segundo Monteiro, por outro lado, a iminente perda do grau do investimento pela segunda ag�ncia de classifica��o de risco pode levar um "senso de urg�ncia" ao Congresso na aprova��o das medidas de ajuste fiscal. "Congresso precisa de senso de urg�ncia para promover ajuste r�pido e confio que possa se voltar para quest�es que afetam diretamente a economia", estimou.
O ministro citou desde medidas "de curt�ssimo prazo" para o ajuste fiscal, como a Desvincula��o das Receitas da Uni�o (DRU), a repatria��o de recursos do exterior, a recria��o da Contribui��o Provis�ria sobre Movimenta��o Financeira (CPMF), al�m de quest�es mais estruturantes como a reforma do Imposto sobre Circula��o de Mercadorias e Servi�os (ICMS) e do PIS/Cofins.
Para o ministro, apesar das aten��es na C�mara e no Senado estarem concentradas neste momento no pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, � preciso uma pacto em torno de temas, como a vota��o da Desvincula��o das Receitas da Uni�o (DRU) e outras medidas relativas ao ajuste fiscal. "Espero que o impeachment possa ser votado em um prazo curto", afirmou, avaliando ser necess�rio a suspens�o do recesso parlamentar neste ano.
"Meu entendimento � que o Congresso vai rejeitar o impeachment. Os requisitos constitucionais necess�rios para respaldar este pedido n�o est�o atendidos", afirmou, destacando que a solu��o para este tema deve respeitar a institucionalidade.
Eleito senador pelo PTB em 2010, Monteiro disse que seu partido integra a base aliada do governo h� bastante tempo e � claramente contr�rio ao impeachment de Dilma. "Essa posi��o corresponder� � vontade majorit�ria da bancada do partido", afirmou.
C�mbio
Questionado pelo Broadcast, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado, se a instabilidade pol�tica em Bras�lia pode aumentar a volatilidade no c�mbio e, por consequ�ncia, afetar o desempenho da ind�stria, Monteiro avaliou que, mesmo com alguma varia��o, a rela��o entre o d�lar e o real deve permanecer pr�xima do n�vel atual, "mais amig�vel" ao setor exportador brasileiro. "O c�mbio est� relativamente est�vel e o n�vel atual veio, por assim dizer, para ficar", afirmou.