No fim de um dia particularmente pr�digo em rumores, no qual foi dada como certa a sua posi��o de demission�rio, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, falou na noite desta quinta-feira, 17, por telefone, com a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. Sem esconder o cansa�o na voz, o ministro admitiu estar deixando o governo, embora tenha evitado fazer a afirma��o com todas as letras.
Levy referiu-se ao governo como se j� estivesse fora dele. "O governo s� fala do fiscal. Por qu�? Eu n�o sei. Nunca entendi. Parece que tem medo de reforma, n�o quer nenhuma reforma", disse.
Questionado sobre o porqu� de a presidente Dilma Rousseff n�o fazer reformas propostas por ele, o ministro desconversou. "Eu n�o posso falar pelos outros. Tem quest�es pol�ticas. Ela est� sob press�o", disse.
Levy discorreu sobre o que considerou seus maiores avan�os, como a retomada da credibilidade econ�mica. Disse ter conseguido evitar mais "pedaladas" e brincou, dizendo que agora o seu caminho "� de paz interior".
"Estou tranquilo. Hoje o presidente (do BC, Alexandre) Tombini estava falando como o setor externo se recuperou. Porque a gente teve o realinhamento do c�mbio. Voc� viu como o setor el�trico est� se recuperando, porque teve o realinhamento dos pre�os do setor", disse.
"M�s passado teve o leil�o, de R$ 17 bilh�es, sem precisar tomar tudo emprestado do BNDES. Essa � uma reforma. Fazer uma privatiza��o, uma outorga, sem ter de tomar dinheiro do pr�prio governo para pagar o governo, al�m de mostrar que voc� n�o precisa fazer tudo dependendo 100% do BNDES, voc� cria uma situa��o na qual eu evitei uma pedalada", completou Levy.