Levy fala em falta de sinaliza��o de disposi��o do Estado para esfor�o fiscal

De sa�da do governo, o ministro da Fazenda enviou nesta sexta-feira, 18, uma mensagem de fim de ano a jornalistas na qual faz uma cr�tica � atua��o do Pa�s no esfor�o fiscal, ao mesmo tempo que afirma ter feito sua parte no ajuste que prop�s. Na nota, o ministro n�o afirma se est� deixando o cargo.

Ao longo do ano, medidas de aperto fiscal propostas por Levy acabaram modificadas e abrandadas pelo Congresso Nacional. "Em alguma medida, a falta de maior sinaliza��o de disposi��o mais imediata de esfor�o fiscal por parte do Estado brasileiro tamb�m piorou as expectativas dos agentes econ�micos, inibindo decis�es de investimento e consumo, com reflexos negativos no n�vel da atividade econ�mica e na gera��o de empregos, que poder�o se estender por 2016", disse o ministro.

"Eu e minha equipe fizemos o que foi proposto em janeiro, pelo menos naquilo que dependia de n�s", disse o ministro, ponderando que foi poss�vel avan�ar em parceria com outros �rg�os do governo e especialmente com o Congresso. "O tempo saber� mostrar os resultados que se colher�o de tudo que foi feito at� agora", afirma.

Levy disse ainda que chega ao fim de 2015 preocupado com a situa��o do Pa�s, mas mant�m confian�a na capacidade de recupera��o da economia. "Seria uma injusti�a comigo, com minha equipe e com a presidente Dilma Rousseff achar que o Pa�s enfrenta uma recess�o pelo fato de termos proposto e, em alguma medida, j� implementado um ajuste fiscal", disse.

O ministro tamb�m afirmou que a vota��o da meta de super�vit prim�rio para 2016 nesta semana traz uma sinaliza��o importante. Ele ponderou que o cumprimento da meta, aprovada sem a permiss�o de abatimentos, exigir� novas receitas. De acordo com Levy, isso ser� mais dif�cil agora que o governo n�o conseguiu que as MP 692 e 694, com medidas de ajuste do imposto de renda, fossem votadas este ano.