Pela d�cima quinta vez seguida, os juros aumentaram em dezembro de 2015, atingindo os maiores �ndices m�dios desde o in�cio de 2009. Para as pessoas f�sicas, a taxa subiu 1,75% no m�s e 2,54% em 12 meses com o �ndice passando de 7,43% e 136,32% ao ano, em novembro, para 7,56% ao m�s e 139,78% ao ano, em dezembro.
A pesquisa - feita pela Associa��o Nacional dos Executivos de Finan�as, Administra��o e Contabilidade (Anefac) - mostra avan�os em todas as seis modalidades de cr�dito: com�rcio, cart�o de cr�dito rotativo, cheque especial, CDC-bancos-financiamento de ve�culos, empr�stimo pessoal-bancos e empr�stimo pessoal-financeiras.
Cart�es
O maior aumento foi verificado no cart�o de cr�dito (2,94%) sobre novembro �ltimo, na maior eleva��o desde outubro de 1995. Quem usou o sistema rotativo, ou seja, rolou a d�vida com o cart�o de cr�dito pagou juros 14,35% ao m�s e 399,84% ao ano.
O segundo custo mais caro foi a modalidade de cheque especial com alta de 1,89%. Para usar o valor disponibilizado pelas institui��es financeiras, o correntista assumiu o compromisso de pagar uma corre��o m�dia de 10,76% ao m�s e de 240,88% ao ano. O �ndice � o maior desde setembro de 1999.
J� no empr�stimo pessoal junto aos bancos o custo subiu 1,38% com a taxa de 4,4% ao m�s e 67,65% ao ano, a maior desde setembro de 2011.
Sobre o empr�stimo pessoal obtido nas financeiras, que t�m taxas maiores, a alta foi de apenas 0,5%. Nas financeiras, o consumidor estava pagando 8,04% ao m�s e 152,94% ao ano, o maior valor desde abril de 2012.
No caso do Cr�dito Direito ao Consumidor (CDC) nos bancos e em financeiras de autom�veis, houve alta de 0,88%. No m�s, a taxa ficou em 2,28% e, em 12 meses, 31,07%. Esta foi a varia��o mais elevada desde agosto de 2011.
Cr�dito
No com�rcio, o setor praticou juros m�dios de 5,5% ao m�s e de 90,12% ao ano, o que representa alta de 0,92%, na maior eleva��o desde setembro de 2011. Em rela��o �s linhas de cr�dito para as empresas, o dinheiro ficou 1,18% mais caro com taxa m�dia em dezembro de 4,27% ao m�s e de 65,16%o ao ano. � a maior taxa desde fevereiro de 2009.
A Anefac observou que, entre mar�o de 2013 e dezembro de 2015, o Banco Central elevou a taxa b�sica de juros (Selic) em sete pontos percentuais, com alta de 96,55%, passando de 7,25% ao ano para 14,25% ao ano. No mesmo per�odo, a taxa de juros m�dia para pessoa f�sica subiu 51,81 pontos percentuais (eleva��o de 58,90%) de 87,97% ao ano em mar�o de 2013 para 139,78% ao ano em dezembro de 2015.
Empresas
Sobre as opera��es de cr�dito para as empresas, a alta foi de 21,58 pontos percentuais ou 49,52%. Estava em 43,58% ao ano em mar�o de 2013 e passou para 65,16% ao ano em dezembro �ltimo.
A previs�o da Anefac � que as taxas continuem em alta. A entidade justifica que o cen�rio econ�mico est� favorecendo o aumento da inadimpl�ncia.
Para a Anefac, o cen�rio econ�mico aponta tend�ncia de aumento da inadimpl�ncia, levando ao encarecimento do dinheiro. Al�m disso, ela observa que, enquanto em outros pa�ses o volume de cr�dito dispon�vel atinge 100% do Produtor Interno Bruto (PIB), que � soma das riquezas produzidas, no Brasil a quantidade � quase a metade (53,8%).
Diante dessa constata��o, a Anefac orienta o consumidor a fazer um planejamento de forma a gastar menos do que tem de renda.