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Estado de Minas

Levantamento mostra que Classe A det�m 37,4% da renda nacional

Pesquisa foi feita com base nos dados da Receita Federal


postado em 17/01/2016 09:37 / atualizado em 17/01/2016 09:46

S�o Paulo, 17 - A distribui��o de renda no Brasil � pior do que se imaginava. Um estudo elaborado pela Tend�ncias Consultoria Integrada mostrou que a classe A - fam�lias com rendimento superior a R$ 14.695 - det�m uma fatia ainda maior da massa de renda nacional.

O levantamento elaborado pelos economistas Adriano Pitoli, Camila Saito e Ernesto Guedes foi feito com base nos dados da Receita Federal e mostrou que as 2,5 milh�es de fam�lias da classe A s�o respons�veis por 37,4% da massa da renda nacional. Nos dados mais conhecidos, obtidos por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lio (Pnad), estimava-se que os mais ricos tenham 16,7% da renda nacional.

Os economistas chegaram ao novo n�mero sobre distribui��o de renda com base numa esp�cie de Pnad ajustada. O ajuste foi feito analisando a renda de duas formas. Para as fam�lias com ganhos de at� cinco sal�rios m�nimos, foram utilizados os dados tradicionais da Pnad. Para as faixas mais ricas, o estudo levou em conta as declara��es de Imposto de Renda.

“Todo mundo sabia que a desigualdade de renda no Brasil era enorme, mas ela � muito maior do que se imaginava”, afirma Adriano Pitoli.

A vantagem de analisar os dados da Receita para as classes mais ricas � explicada pelo fato de a Pnad ser declarat�ria e, portanto, limitada para mensurar dados envolvendo fontes de renda com ativos financeiros e alugu�is.

“As pesquisas declarat�rias (como a Pnad) s�o ineficientes para capturar a renda de aplica��es financeiras, alugu�is e ganhos de capital”, afirma Pitoli. “Na verdade, ningu�m tem esses n�meros de cabe�a.”

O exerc�cio da Tend�ncias deixa evidente a dificuldade da Pnad em apurar o tamanho da desigualdade brasileira. Nas fam�lias com renda entre cinco e dez sal�rios m�nimos, a massa de renda apurada pela Pnad � 13% menor do que mostra o dado da Receita Federal. A diferen�a � crescente conforme o topo da pir�mide se aproxima.

Na faixa de brasileiros com ganhos acima de 160 sal�rios m�nimos, a massa de renda captada pela Pnad � 97% menor do que os dados obtidos pela an�lise do Imposto de Renda.

“A desigualdade com base nos dados da Pnad � menor do que mostram os dados da Receita”, afirma Naercio Menezes Filho, coordenador do Centro de Pol�ticas P�blicas do Insper. “Existe uma dificuldade da Pnad em captar a renda da fatia mais rica da popula��o.”

O estudo da consultoria Tend�ncias tamb�m chegou a outras duas conclus�es relevantes: o abismo entre as classes sociais � maior do que se imaginava e as classes A e B s�o um pouco maiores do que indicavam as pesquisas tradicionais.

Pela Pnad tradicional, a classes A responde por 2% do total das fam�lias brasileiras, e a classe B, por 12,6%. Nos dados ajustados pela consultoria, a fatia das classes aumenta para 3,6% e 15%, respectivamente.

Com rela��o ao distanciamento entre as classes sociais, o estudo da consultoria apontou que a renda das fam�lias da classe A � 40,9 vezes maior do que as da classe D/E. Na Pnad original, a diferen�a apurada era de 23,3 vezes.


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