Os m�dicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) decidiram, em assembleia no domingo retornar ao trabalho, no dia 25, pr�xima segunda-feira, depois de quase 140 dias de paralisa��o.
No estado de greve, os profissionais voltam ao trabalho, mas continuam negociando com o governo. "Novas paralisa��es no futuro n�o est�o descartadas", diz Luiz Arg�lo, diretor da ANMP. At� a pr�xima segunda, apenas 30% dos m�dicos continuar�o trabalhando. Na pr�xima segunda, todos voltar�o a bater ponto, mas em "estado de greve". "Esperamos que com esse distensionamento o governo volte a dialogar com a categoria", afirma Argolo.
A entidade calcula que, no per�odo da greve, 2,1 milh�es de per�cias deixaram de ser feitas. O tempo m�dio de espera para o agendamento saltou de 20 dias para 80 dias.
Os m�dicos peritos pedem aumento salarial de 27,5% em, no m�ximo, duas parcelas anuais, redu��o da carga hor�ria de 40 horas para 30 horas semanais, a recomposi��o do quadro de servidores e o fim da terceiriza��o da per�cia m�dica.
Na semana passada, o governo informou, por meio de nota, que apresentou, em of�cio enviado � ANMP no dia 8 de dezembro, proposta que contempla a maioria dos pontos exigidos na mesa de negocia��o. A exig�ncia dos m�dicos de redu��o da jornada de trabalho de 40 para 30 horas semanais sem perda de remunera��o, no entanto, � um ponto de discord�ncia.
De acordo com o Minist�rio do Planejamento, foi oferecido aos peritos m�dicos reajuste de 10,8%, a ser pago em duas vezes, e reajuste dos benef�cios sociais - as mesmas condi��es das demais categorias do funcionalismo.
A ANMP afirma que a Uni�o gasta R$ 125 bilh�es com benef�cios, sendo a metade paga sem per�cia m�dica. A entidade diz que, em 5 anos, quase 3 mil peritos abandonaram a carreira. A taxa de evas�o � de 2 peritos por dia �til, "algo in�dito no servi�o p�blico federal".