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Estado de Minas

Ex-diretores do BC se dizem perplexos com nota de Tombini em v�spera de Copom

O presidente do Banco Central considerou significativas as revis�es das proje��es do FMI para o crescimento do Brasil no pr�ximo ano


postado em 19/01/2016 14:19 / atualizado em 19/01/2016 14:39

Perplexidade. Esta � a palavra que resume a rea��o de ex-integrantes do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) sobre a nota divulgada na manh� desta ter�a-feira, 19, pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Pelo que comentaram dois ex-diretores da institui��o, uma postura dessas n�o tem par na hist�ria do BC.

Pela manh�, Tombini soltou uma nota considerando "significativas" as revis�es das proje��es do Fundo Monet�rio Internacional (FMI) para o crescimento do Brasil neste e no pr�ximo ano. Mais do que isso, enfatizou que essa informa��o, como todas as demais dispon�veis at� o momento da decis�o do colegiado, ser�o apreciadas pelos membros do Copom.

(foto: STRINGER/BRAZIL)
(foto: STRINGER/BRAZIL)

Uma das fontes consultadas revelou que estava em reuni�o interna na institui��o em que trabalha quando um colega verificou a not�cia no Broadcast por meio do celular. Os reflexos da decis�o do Copom de amanh� eram um dos assuntos do encontro. Depois da informa��o, no entanto, tornou-se a pauta principal, conforme relatou. "Todos os sinais do BC eram mais hawkishes (inclinado ao aperto monet�rio), apesar da recess�o. N�o entendemos o motivo de Tombini passar um recado t�o dovish (suave) no meio do caminho", disse.

Se havia uma possibilidade de Tombini deixar o cargo por conta da press�o pol�tica que vem sofrendo para n�o aumentar os juros, a avalia��o dessa fonte � a de que a revis�o do FMI caiu como uma luva para o presidente do BC, que poder� us�-la como argumento. Com isso, avaliou, tamb�m n�o haveria motivo para deixar o cargo. "Mas isso � contradit�rio com toda a linha apresentada desde o final do ano passado. Ou o BC n�o passou os recados certos ou teve de mudar de posi��o de �ltima hora, o que � muito pior", avaliou o ex-diretor.

No Copom passado, o colegiado optou por manter a Selic est�vel em 14,25% ao ano. O placar, no entanto, foi dividido com seis votos a favor da manuten��o e dois pela eleva��o imediata da taxa para 14,75% (Sidnei Marques e Tony Volpon). O que o Broadcast apurou na ocasi�o � que se tratava apenas de uma quest�o de timing, j� que todos os membros teriam como tend�ncia de atua��o o aperto monet�rio. As discuss�es ficaram mais concentradas sobre quando o BC deveria come�ar a agir.

Para outro ex-integrante do BC, a decis�o do Copom de amanh� foi praticamente antecipada para hoje. "� claro que se trata de um coment�rio assinado por Tombini, que � um voto, mas � um voto importante e, mais do que isso, de 'minerva'", considerou, levando-se em conta que a decis�o poder� ser, mais uma vez, dividida. Na hist�ria, vale lembrar, � dif�cil encontrar um momento em que o presidente do BC est� no grupo dos "vencidos" em um placar do Copom.

Apesar de todo o desgaste que essa nota poder� trazer para os neg�cios e as expectativas, essa fonte salientou que, pior ainda, seria ver o colegiado elevar a Selic em 0,25 ponto porcentual amanh�, sem ter feito qualquer sinaliza��o sobre essa possibilidade. "A not�cia de hoje chocou, claro, mas o pior dos mundos seria levar um susto ainda maior amanh� � noite", disse.

Durante o evento de uma institui��o financeira, um ex-diretor do BC foi interrompido durante sua fala para ser informado sobre o coment�rio de Tombini. A rea��o foi de perplexidade. Ele teria dito que "parecia brincadeira" o BC comentar uma revis�o do FMI � v�spera do Copom. "N�o h� precedentes."


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