O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, disse hoje que a retra��o econ�mica n�o � normal, mas “uma fase de transi��o para o Brasil”. Ele participou de um painel no F�rum Econ�mico Mundial, em Davos, na Su��a, sobre a retomada do crescimento global. Com o novo cen�rio internacional de queda no pre�o das commodities, o pa�s est� se adaptando a essa realidade, segundo o ministro.
O Fundo Monet�rio Internacional (FMI) piorou a proje��o de queda da economia brasileira este ano. A estimativa para a retra��o do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 1% para 3,5%. De acordo com o FMI, 2016 ser� o segundo ano consecutivo de queda da economia. Em 2015, de acordo com o fundo, houve retra��o de 3,8%. Em 2017, a expectativa � de estabilidade, com estimativa de crescimento zero para o PIB. Em outubro do ano passado, o FMI projetava crescimento de 2,3%, em 2017.
Barbosa afirmou que o Brasil se beneficiou dos pre�os altos de commodities e investiu os recursos na rede prote��o social. “Reduzir a desigualdade � t�o importante quanto aumentar o PIB per capita em economias emergentes e isso requer a��o governamental. Mesmo em um cen�rio econ�mico mais adverso, o governo tem que atuar para reduzir a desigualdade, e o desafio � manter as pol�ticas de redu��o da desigualdade.”
Para o ministro, � poss�vel ter aumento de produtividade e, ao mesmo tempo, diminui��o da desigualdade. “A chave para conseguir isso � ter as institui��es certas para distribuir os ganhos de produtividade de uma forma que gere mais oportunidades de emprego e melhor qualifica��o da for�a de trabalho.”
Am�rica Latina
Perguntado sobre o papel do Brasil para a volta do crescimento da Am�rica do Sul, Barbosa destacou que a retomada econ�mica exige aumento dos investimentos. “O Brasil tem uma baixa taxa de investimento comparada a outras economias emergentes, e nossa principal tarefa � aumentar nosso investimento, o que requer n�o apenas mais estabilidade macroecon�mica, mas, especialmente, um papel mais ativo do governo para coordenar os projetos de investimento e incrementar a integra��o regional”, completou.
