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Estado de Minas

Queda em desembolsos do BNDES deve se repetir em 2016, diz Iedi

A expectativa do instituto, no entanto, � que a redu��o seja menor que os 28% registrados no ano passado


postado em 25/01/2016 17:31 / atualizado em 25/01/2016 17:41

Rio – Em um ano de forte contra��o nos investimentos, o recuo de 28% nos desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) em 2015 n�o foi surpresa e reflete, em grande parte, a falta de confian�a dos empres�rios na recupera��o da economia. A avalia��o � do economista-chefe do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Rafael Cagnin. "Tem um problema de oferta, mas tem um problema maior que � de demanda por financiamento", disse. Tal cen�rio deve se repetir este ano, segundo o especialista.


No acumulado dos tr�s primeiros trimestres de 2015, a Forma��o Bruta de Capital Fixo (FBCF) apresentou queda de 12,7% ante 2014, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). O consumo das fam�lias em retra��o, diante das m�s perspectivas para emprego e renda, acabou deixando empres�rios na defensiva. A eleva��o dos juros tamb�m pesou, e investimentos foram adiados ou simplesmente cancelados.

Al�m disso, houve um problema de oferta de cr�dito, que tende a piorar com o fim do Programa de Sustenta��o de Investimentos (PSI), criado em 2009 como uma pol�tica para conter os efeitos da crise internacional sobre a economia dom�stica. "Como o PSI n�o foi renovado, vai haver aumento no custo dos financiamentos", explicou Cagnin.

O pr�prio BNDES, em comunicado, atribuiu a queda recorde nos desembolsos � baixa demanda e �s restri��es na pol�tica de empr�stimos do Tesouro ao banco. "O desempenho acompanha a desacelera��o da demanda por novos investimentos e foi influenciado pela pol�tica de ajuste fiscal implementada pelo governo federal, o que implicou duas mudan�as: condi��es mais restritivas nos programas equalizados e fim da pol�tica de empr�stimos do Tesouro Nacional ao BNDES", justificou.

Para 2016, o economista do Iedi espera que haja nova retra��o nos desembolsos, embora menos dr�stica que os 28% registrados no ano passado. "Enquanto n�o houver confian�a na recupera��o da economia, dificilmente o investimento vai se recuperar", disse.

Cagnin n�o acredita que, ap�s o tombo nos desembolsos do BNDES, o governo volte a usar o banco de fomento para reativar a economia, como foi feito no per�odo p�s-crise de 2008. "� uma estrat�gia dificultada pela tend�ncia de ajustamento das contas p�blicas", afirmou.

Embora reconhe�a que uma flexibiliza��o nas pol�ticas do banco seria ben�fica para a atividade, o economista do Iedi disse que, al�m da falta de espa�o no or�amento do governo federal, a medida sozinha � insuficiente. "Sem perspectiva de recupera��o, � muito dif�cil que uma flexibiliza��o de pol�tica do BNDES d� conta sozinha. Sem consolida��o de expectativas de recupera��o, isso n�o � suficiente", afirmou.


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