Bras�lia, 26 - O Investimento Direto no Pa�s (IDP) totalizou US$ 75,075 bilh�es ao longo do ano passado, ante expectativa do Banco Central de entradas no valor de US$ 66 bilh�es. O resultado � o maior desde 2014.
Levando-se em conta a curta s�rie hist�rica do BC, o IDP somou US$ 88,452 bilh�es em 2010; US$ 101,158 bilh�es em 2011; 86,607 bilh�es em 2012; US$ 69,181 bilh�es em 2013 e US$ 96,895 bilh�es em 2014. Na compara��o com o PIB, essa rela��o anual foi, respectivamente, de 4,00%, 3,87%, 3,59%, 2,90% e 4,01%.
Dezembro
J� o ingresso de IDP em dezembro somou US$ 15,211 bilh�es, volume mais do que suficiente para cobrir o rombo do m�s. No mercado, a expectativa era de entradas de US$ 4,650 bilh�es a US$ 7,800 bilh�es, com mediana de US$ 6,200 bilh�es, segundo levantamento do AE Proje��es. O Banco Central projetou ingresso de US$ 6,100 bilh�es.
Com a mudan�a de metodologia realizada em abril do ano passado, o BC introduziu nas estat�sticas o conceito de "lucros reinvestidos" - que ocorre quando uma empresa obteve um lucro e decidiu manter esses recursos no Brasil ao inv�s de repatri�-lo para a matriz. Essa nova conta tem impacto no registro de IDP, mas n�o afeta o fluxo cambial. No �ltimo m�s de 2015, os lucros reinvestidos ficaram negativos em US$ 1,194 bilh�o e, no ano, em US$ 2,639 bilh�es.
Investimento estrangeiro em a��es
O investimento estrangeiro em a��es brasileiras ficou negativo em US$ 1,390 bilh�o em dezembro. Em igual m�s de 2014, o resultado havia ficado no vermelho em US$ 374 milh�es. Em 2015, contudo, o saldo ficou no azul em US$ 10,030 bilh�es ante expectativa do BC de US$ 10 bilh�es e de resultado positivo de US$ 11,773 bilh�es em 2014.
J� o saldo de investimento estrangeiro em t�tulos de renda fixa negociados no Pa�s ficou negativo em US$ 1,160 bilh�o em dezembro e positivo em US$ 16,296 bilh�es no acumulado de 2015. Em igual m�s de 2014, essas aplica��es ficaram negativas US$ 8,529 bilh�es e, no fechamento do ano, em US$ 27,068 bilh�es.
O aumento da procura por esses t�tulos teve in�cio em junho de 2013, quando o governo zerou o Imposto sobre Opera��es Financeira (IOF) sobre esse tipo de aplica��o. Mais recentemente, o ciclo de aperto monet�rio aumentou o diferencial de juros entre o Brasil e o restante do mundo, tornando as aplica��es brasileiras de renda fixa mais interessantes para os estrangeiros.