Sob influ�ncia de produtos com pre�os administrados, a infla��o medida em Belo Horizonte pela Funda��o Ipead, vinculada � UFMG, teve alta de 2,94% em janeiro. Trata-se do maior percentual apurado para o m�s desde o in�cio da s�rie hist�rica, em 1995. Em janeiro do ano passado, a varia��o foi de 2,23%. Em igual per�odo, atingiu 1,07% na Grande BH a infla��o oficial, apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Hoje, o �rg�o divulga o �ndice nacional e os das regi�es metropolitanas.
lista inclui empregado dom�stico (11,68%) e as mensalidades de escolas de ensino fundamental (12,33%). O item �nibus urbano tamb�m est� entre as cinco maiores contribui��es para a alta de pre�os. Na virada do ano, a passagem gerenciada pela BHTrans subiu de R$ 3,40 para R$ 3,70.
Ao se verificarem os 11 itens agregados que integram o indicador, as maiores contribui��es foram registradas para despesas pessoais (1,4 ponto percentual) e produtos administrados (0,97 ponto percentual).
O IPCA-15, primeiro �ndice inflacion�rio referente a janeiro (o indicador foi apurado no intervalo de 12 de dezembro a 14 de janeiro), tamb�m mostrou que o resultado para o m�s � o maior da s�rie hist�rica, no caso iniciada em 2003. Apurado pelo IBGE, o �ndice teve ligeira alta frente a igual per�odo do ano passado (0,92% em 2016 ante 0,89% em 2015).
ALIMENTOS Al�m da evolu��o de pre�os administrados pelo poder p�blico, janeiro sofre com ajustes tradicionais pelo aumento no custo da produ��o de alimentos, em raz�o do per�odo de entressafra de boa parte dos itens que comp�em a mesa. A infla��o calculada pela Funda��o Ipead mostra alta de 13,77% no grupo alimentos in natura. A eleva��o registrada no primeiro m�s do ano equivale a 31,2% da infla��o apurada nos �ltimos 12 meses para esses produtos. O tomate e a cenoura, por exemplo, encareceram 55,26% e 45,63%, respectivamente. Pela pesquisa, 11 dos 27 itens com varia��o acima de dois d�gitos em janeiro s�o alimentos in natura.
Em janeiro do ano passado, a cesta b�sica, que representa os gastos de um trabalhador adulto com a alimenta��o, custava R$ 335,95. Com a varia��o acumulada de l� para c�, o valor subiu para R$ 413,04, o equivalente a 46,94% do sal�rio m�nimo.
Os 13 itens que integram a cesta de alimentos tiveram eleva��o de 22,95% em 12 meses. As maiores altas foram do tomate-santa-cruz (95,1%) e a��car cristal (47,22%). O �nico produto com recuo de pre�os no per�odo analisado foi a manteiga, de 1,59%. Em meio � crise econ�mica, um fen�meno que tem sido observado � a queda nos pre�os da alimenta��o fora de casa. A varia��o de pre�os da comida em restaurantes ficou negativa em 1,61% em janeiro, segundo a infla��o medida pelo Ipead/UFMG. O grupo foi o �nico dos cinco pesquisados a apresentar queda, o que contribuiu para que o �ndice inflacion�rio n�o tivesse alta ainda maior.