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Estado de Minas EDUCA��O

Gastos com forma��o dos filhos pode consumir at� 40% da renda familiar

Forma��o da prole � caro e exige disciplina. Saiba como se preparar


postado em 14/02/2016 07:00 / atualizado em 14/02/2016 08:56

(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

Mariana Areias - Especial para o EM


Bras�lia – O maior patrim�nio que um pa�s pode ter � um povo bem-educado. N�o h� como falar em crescimento econ�mico sustentado e em distribui��o de renda sem um sistema escolar de qualidade e eficiente. Mas, para as fam�lias que buscam dar o melhor ensino aos filhos e, para isso, recorrem ao sistema privado, a educa��o se tornou um fardo do ponto de vista financeiro. No ano passado, em m�dia, os custos aumentaram 9,24%, a maior alta desde 2004.


Dependendo da escola escolhida, os gastos com a educa��o de uma �nica pessoa ao longo de 23 anos de vida podem passar de R$ 1,2 milh�o a valores de hoje (mais de R$ 52 mil por ano). Essa quantia n�o inclui futuras corre��es, como as das mensalidades escolares, que, em 2015, foram reajustadas entre 15% e 17%. Leva em conta o que uma fam�lia de classe A, com renda mensal de R$ 25 mil, gasta para formar um filho desde o seu nascimento. O c�lculo considera, al�m das mensalidades, alimenta��o na escola, cursos diversos, como de l�nguas, material, transporte e a mesada que muitos recebem.


Entre fam�lias da classe B, os gastos por filho, tamb�m ao longo de 23 anos, podem chegar a R$ 617,9 mil (quase R$ 27 mil anuais). Um filho da nova classe C custa, em m�dia, quase R$ 300 mil, supondo que n�o haver� despesas no per�odo da pr�-escola. Segundo o Instituto Nacional de Vendas e Trade Marketing (Invent), que monitora tais despesas, sem um bom sistema de controle nos gastos a educa��o pode ficar ainda mais cara, chegando a R$ 2 milh�es por pessoa das classes mais abastadas, R$ 948 mil no caso de um integrante da classe B e R$ 407 mil entre aqueles da classe C. Nesses casos, o ensino se d� em tempo integral.


Por isso, � preciso muito cuidado ao administrar as finan�as da fam�lia. Se uma gravidez planejada significa plenitude e amor, os ador�veis beb�s podem conquistar cora��es, mas esvaziar a carteira dos pais. O momento exige organiza��o. Pensar no futuro requer tirar a calculadora da gaveta e colocar os gastos na ponta do l�pis. Em m�dia, as despesas com educa��o consomem 34% da renda das fam�lias da classe A, 39% dos ganhos dos lares de classe B e 45% do or�amento da classe C.


Ajuste M�e de Maria Lu�sa Medeiros, de 9 anos, e gr�vida dos g�meos Helena e Jos�, a professora Talyta Medeiros, de 28 anos, explica como investe na educa��o da mais velha. Ela gasta cerca de R$ 1.500 por m�s com a educa��o da pequena. “A Malu foi a primeira filha e, claro, tem muitas coisas que os g�meos, infelizmente, n�o ter�o”, diz. Maria Lu�sa j� possui um plano de previd�ncia privada feito por Talyta e pelo marido, Taunay Junior, de 30, servidor p�blico. “Temos um apartamento alugado. Com o dinheiro do aluguel investimos no futuro da Malu. N�o abro m�o disso. Para os g�meos, penso em seguir o mesmo caminho”, diz Talyta.


A surpresa de que a gravidez geraria duas vidas, assustou Talyta e o marido. “N�o hav�amos pensado em gastos em dobro e que ter�amos que nos esfor�ar para manter o padr�o de estudos da Maria Lu�sa, al�m de oferecer o mesmo para os g�meos”, frisa Talyta. Ela admite que ser� dif�cil que os ca�ulas estudem em escolas t�o boas e fa�am tantas atividades extracurriculares quanto a mais velha.


Quando pensa em escola, cursos e atividades complementares, a recepcionista Regilene Carvalho, de 36, n�o esconde a preocupa��o. M�e de Daniel, de 7, e de Lorena, de 16, ela conta que os primeiros passos escolares da mais velha foram em col�gio particular e que n�o pensava em recorrer ao ensino p�blico. Mas, depois do nascimento do ca�ula, os planos mudaram. “J� consegui inscrever a Lorena em aulas de ingl�s em uma escola p�blica, pois, assim, consigo pagar. Penso muito na educa��o dos meninos. Acho importante que fa�am muitos cursos”, afirma. Com renda familiar de R$ 2 mil, a recepcionista se diz frustrada por n�o conseguir arcar com todas as expectativas escolares dos filhos.


Col�gios muito caros n�o s�o sin�nimos de futuro brilhante, diz Mauro Calil, educador financeiro e fundador da Academia do Dinheiro. Para ele, a forma como os pais investem na educa��o dos pequenos precisa ser avaliada de acordo com o padr�o da fam�lia e com as expectativas de futuro da crian�a. “H� pais que optam por colocar os filhos em col�gios mais baratos, pois, assim, podem pagar bons cursos de ingl�s, de inform�tica e interc�mbios. Isso pode ser muito positivo e saud�vel. N�o existe uma regra �nica”, explica.


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