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Estado de Minas

Para fugir da infla��o, brasileiros retomam velhos h�bitos de consumo

Compra mensal de produtos essenciais � retomada pelas fam�lias, para fugir da infla��o alta e administrar os gastos


postado em 21/02/2016 06:00 / atualizado em 21/02/2016 08:14

A alta infla��o brasileira est� fazendo as fam�lias retomarem velhos h�bitos de consumo. As compras mensais — pr�tica muito comum na d�cada de 1980 e in�cio dos anos 1990 — voltaram com tudo. Estocar mercadorias, principalmente alimentos n�o perec�veis, passou a ser a op��o de donas de casa preocupadas com o or�amento dom�stico. Tanto � assim, que as vendas dos supermercados est�o se concentrando nos primeiros 15 dias do m�s. Na segunda quinzena, em m�dia, o movimento nas lojas chega a cair 70%. “Assim que meu pagamento sai, corro para o supermercado. Estoco tudo o que posso, de comida a produtos de limpeza. Assim, n�o corro o risco de ficar sem comida quando o dinheiro acabar”, diz a aposentada Suzana Santos Silva, de 67 anos.

As compras de m�s se intensificaram a partir do segundo semestre do ano passado, quando as fam�lias sentiram todo o baque no or�amento provocado pela forte alta das tarifas p�blicas, sobretudo as de energia el�trica. “De repente, o dinheiro come�ou a faltar. Passou a sobrar m�s”, critica a nutricionista �ngela Maria, 47. Temendo ficar com a despensa vazia por falta de recursos e da eleva��o de pre�os, ela encurtou as idas aos supermercados.

Primeiro, as compras quase que di�rias se tornaram semanais. Depois, quinzenais. “Agora, compro tudo o que a casa precisa de uma �nica vez. S� volto outra vez ao supermercado no mesmo m�s em caso de muita necessidade ou se encontrar boas promo��es”, relata �ngela. Pelos c�lculos da Associa��o Paulista de Supermercados (Apas), que acompanha o movimento do principal centro consumidor do pa�s, 40% do volume de vendas do setor est�o concentrados nos 10 primeiros dias do m�s.

Aos poucos, diz o gerente do departamento econ�mico e de pesquisas da Apas, Rodrigo Mariano, est� se voltando ao quadro que prevalecia antes do Plano Real, quando de 60% a 70% das vendas se concentravam nos primeiros 10 dias. “� bem prov�vel que o movimento se aprofunde ao longo do tempo, se a infla��o n�o cair”, avalia. “A alta dos pre�os � muito ruim para os consumidores, sobretudo os mais pobres”, emenda. Em 2015, a infla��o medida pelo �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) atingiu 10,67%, a maior em 13 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).


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