A declara��o do ministro antecipa uma queda de bra�o entre as alas pol�tica e econ�mica do governo. "Abrir m�o dessas reservas para qu�?", questiona uma fonte graduada da equipe econ�mica, que defende a necessidade de manter intoc�vel o "seguro financeiro" do Pa�s. Lembrou que economistas "da Casa das Gar�as ao Instituto Lula" - em alus�o a matizes que v�o das correntes neoliberais �s desenvolvimentistas - levantam recorrentemente a hip�tese de uso de reservas para financiar abatimento da d�vida p�blica, investimentos e at� mesmo programas sociais.
"Essa perspectiva para investimento � descartada, a outra, para abater a d�vida, est� em discuss�o", disse Wagner. A quest�o ainda n�o foi fechada, mas a declara��o do ministro exp�e a press�o em torno da proposta.
A resist�ncia � medida vem tanto do Minist�rio da Fazenda quanto do Banco Central. Um integrante da equipe econ�mica faz at� a compara��o do Brasil com a China para ressaltar a import�ncia das reservas como prote��o �s oscila��es da economia mundial. Desde o ano passado, lembrou, a China vem perdendo em torno de US$ 100 bilh�es por m�s em reservas por causa das consequ�ncias da mudan�a em sua pol�tica cambial.
As incertezas causadas pela volatilidade est�o levando as empresas chinesas a pagarem suas d�vidas em d�lar, o que tem impacto nas reservas. A vis�o dessa fonte � que a China ser� capaz de absorver as dificuldades decorrentes da volatilidade cambial e do alto endividamento das empresas.
Bancos
No Brasil, o sistema financeiro, que tem absorvido pedidos de renegocia��o de d�vida de empresas com fluxo de caixa em baixa, est� suficientemente capitalizado para continuar funcionando como um amortecedor interno da crise econ�mica em 2016. Ainda assim, segundo apurou o Broadcast, servi�o em tempo real da Ag�ncia Estado, apesar de n�o enxergar com maior preocupa��o a liquidez do sistema este ano, a autoridade monet�ria acompanha com aten��o os efeitos de uma eventual recess�o em 2017.
O aprofundamento da crise tornaria mais dif�cil o alongamento das d�vidas corporativas, o que poderia ter efeito nos bancos m�dios. E passa a ser um ponto de interroga��o para o pr�ximo ano. O ciclo de retomada da economia tem de come�ar ainda no segundo semestre para manter o cen�rio sustent�vel. A dif�cil tarefa de restabelecer a confian�a na economia, tanto de empresas quanto dos consumidores, recobre de incertezas o prolongamento de uma situa��o marcada por pedidos de rolagem de d�vidas que sobrecarregam os bancos.
Pelo acompanhamento do governo, a liquidez banc�ria � satisfat�ria, mas a paralisia da economia se espalha de forma perigosa por diversos segmentos. "O ambiente n�o est� favor�vel para a confian�a do consumidor. E as incertezas se estendem para as empresas", diz um membro da equipe econ�mica.