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Estado de Minas

Investidores temem mudan�a na agenda econ�mica

A apreens�o dos investidores tem a ver com a posse de Lula no Minist�rio da Casa Civil. O ex-presidente toma posse nesta quinta-feira


postado em 17/03/2016 09:19 / atualizado em 17/03/2016 09:27

Nova York e Londres - A nomea��o de Luiz In�cio Lula da Silva como ministro sinaliza mudan�as da pol�tica econ�mica para uma dire��o n�o desejada por investidores estrangeiros, segundo analistas. Ainda que a presidente Dilma Rousseff rechace a ideia de guinada, as an�lises s�o de que o governo dever� ser mais proativo no esfor�o de retomar o crescimento com iniciativas criticadas, como aumento dos gastos p�blicos e uso de bancos p�blicos para incentivar o cr�dito. Com isso, h� temor de que reformas prometidas para arrumar a situa��o fiscal sejam engavetadas em Bras�lia.

Analistas estrangeiros acreditam que, al�m do papel pol�tico, Lula na Casa Civil poderia determinar a mudan�a da agenda de prioridades econ�micas com um tom mais desenvolvimentista. A analista s�nior de risco soberano da ag�ncia de classifica��o de risco Moody’s, Samar Maziad, entende que a mudan�a no gabinete de Dilma Rousseff sugere um governo mais propenso a reabrir a torneira dos gastos em detrimento do esfor�o para o ajuste das contas. Ela lembra que a nota do Brasil tem perspectiva negativa. Portanto, um novo rebaixamento pela Moody’s � poss�vel.

A percep��o � semelhante na ag�ncia Fitch. A diretora de ratings soberanos para Am�rica Latina, Shelly Shetty, nota que “receios sobre a trajet�ria fiscal v�o continuar prejudicando a confian�a” na economia brasileira. Por isso, a diretora diz que a institui��o continuar� monitorando atentamente os desdobramentos pol�ticos e econ�micos no Brasil.

Entre os itens pol�micos mais citados pelos analistas est�o o incentivo ao cr�dito por meio dos bancos estatais, aumento de gastos em programas simb�licos do governo, como o Bolsa Fam�lia, e a press�o para a redu��o do juro pelo Banco Central em um per�odo em que o governo n�o tem dinheiro em caixa e a infla��o segue muito acima da meta. Se esse tipo de agenda econ�mica for executada, h� o temor de que o governo adie ou mesmo engavete as reformas estruturais, como a da Previd�ncia.

Receita

Ainda que essa poss�vel agenda econ�mica tenha funcionado ap�s o estouro da crise em 2008, o mesmo receitu�rio n�o deve fazer o mesmo efeito em 2016, diz o economista para o Brasil do banco espanhol BBVA, Enestor dos Santos. “Naquela �poca, t�nhamos d�vida p�blica baixa, o governo podia gastar mais, bancos p�blicos tinham posi��o financeira muito melhor e, como a infla��o estava caindo, o BC podia cortar juro. Hoje, est� tudo ao contr�rio.”

Dado o momento de forte incerteza, n�o parece que Lula ter� o mesmo magnetismo que tinha em seus dois mandatos anteriores, avalia o gestor da Janus Capital nos EUA, Dan Raghoonundon. No caso de rumores da troca de comando do BC, o analista avalia que os investidores podem n�o mais estar dispostos a dar o benef�cio da d�vida para um novo presidente escolhido por Lula.


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