O quadro se estende por todo o Pa�s, formando um cemit�rio de f�bricas de variados setores, muitas delas fechadas definitivamente, algumas em busca de alternativas para voltar a operar e outras � espera de compradores.
Muitos trabalhadores demitidos n�o receberam sal�rios e rescis�es. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), entre novembro e janeiro, a ind�stria brasileira fechou 1,131 milh�o de vagas, n�mero recorde para um trimestre.
"As f�bricas fechadas e os empregos perdidos viraram p�; n�o h� como reverter esse quadro nos pr�ximos anos", diz Fabio Silveira, diretor de pesquisas econ�micas da consultoria GO Associados.
Algumas das fabricantes foram l�deres em seus segmentos, mas n�o resistiram � queda da demanda e aos altos custos de impostos, energia, juros elevados e � falta de investimentos que secaram, em parte, em raz�o da queda da confian�a no Pa�s, somado a erros administrativos e estrat�gicos.
A desativa��o de ind�strias segue em n�veis alarmantes neste ano. Um exemplo � o da cidade de Guarulhos, na Grande S�o Paulo, onde, s� na semana passada, ocorreram an�ncios de encerramento de atividades produtivas das metal�rgicas Eaton, Maxion e Randon.
"O mercado de implementos rodovi�rios teve retra��o de 50% e n�o h� perspectivas de mudan�a de cen�rio no curto prazo", informa Daniel Ely, diretor de Recursos Humanos da Randon, que atualmente emprega 130 pessoas, mas j� teve mais de mil, segundo o sindicato local.