Warning: mkdir(): No space left on device in /www/wwwroot/lugardafinancas.com/zhizhutongji.php on line 51
Crise que paralisa economia fecha ind�strias - Economia - Estado de Minas-lugardafinancas.com (none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Crise que paralisa economia fecha ind�strias

Com a retra��o da demanda em diversos setores, f�bricas de todo o pa�s demitem, sem perspectiva de reagir, ou buscam investidores. Produ��o brasileira caiu 8,7% no �ltimo ano


postado em 28/03/2016 06:00 / atualizado em 28/03/2016 08:35

Equipamento usado em usina de gusa paralisada em Sete Lagoas: segmento sente efeitos das crises internacional, desde 2008, e brasileira(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Equipamento usado em usina de gusa paralisada em Sete Lagoas: segmento sente efeitos das crises internacional, desde 2008, e brasileira (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

S�o Paulo - A crise que paralisa a economia brasileira deixa um rastro de empresas desativadas. No estado de S�o Paulo, 4.451 ind�strias de transforma��o fecharam as portas no ano passado, universo 24% superior ao de 2014, quando 3.584 fabricantes deixaram de operar, segundo a Junta Comercial. O quadro se estende por todo o pa�s, formando um cemit�rio de f�bricas de variados setores, muitas delas fechadas definitivamente, algumas em busca de alternativa para voltar a operar e outras � espera de compradores. Em Minas Gerais, reportagem de ontem do Estado de Minas, mostrou que a crise tem levado ao fechamento de fornos e de produtoras independentes de ferro-gusa (mat�ria-prima da fabrica��o de a�o) em Sete Lagoas, na Regi�o Central de Minas Gerais, por falta de demanda.


Diante de portas fechadas, muitos trabalhadores demitidos n�o receberam sal�rios e rescis�es. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), entre novembro de 2015 e janeiro, a ind�stria brasileira fechou 1,131 milh�o de vagas, n�mero recorde para um trimestre. A produ��o do setor acumula queda de 8,7% nos �ltimos 12 meses at� janeiro. Foi o maior recuo desde novembro de 2009, de acordo com pesquisa do IBGE.


Embora em janeiro tenha ocorrido leve crescimento de 0,4% em rela��o a dezembro de 2015 – interrompendo um ciclo de sete meses seguidos de quedas –, n�o h� esperan�as de uma recupera��o consistente para o ano. Com isso, a expectativa de analistas � de que prossiga o fechamento de empresas em diversos segmentos da economia, assim como as dispensas de trabalhadores.


“As f�bricas fechadas e os empregos perdidos viraram p�; n�o h� como reverter esse quadro nos pr�ximos anos”, diz o diretor de pesquisas econ�micas da consultoria GO Associados, F�bio Silveira. Algumas das fabricantes foram l�deres em seus segmentos de atividade, mas n�o resistiram � queda da demanda e aos altos custos de impostos, energia, juros elevados e � falta de investimentos que secaram, devido � queda da confian�a no Pa�s, somada a erros administrativos e estrat�gicos.
A desativa��o de ind�strias segue em n�veis alarmantes neste ano. Um exemplo � o da cidade de Guarulhos, na Grande S�o Paulo, onde, s� na semana passada, ocorreram an�ncios de encerramento de atividades produtivas das metal�rgicas Eaton, Maxion e Randon. Na opini�o de Pedro Wongtschowski, presidente do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), entidade que re�ne v�rios dos maiores industriais do Pa�s, “o cen�rio da ind�stria para os pr�ximos dois anos depende muito do que vai ocorrer com a economia” ao longo do ano.


“O mercado de implementos rodovi�rios teve retra��o de 50% e n�o h� perspectivas de mudan�a de cen�rio no curto prazo”, informa Daniel Ely, diretor de Recursos Humanos da Randon, que atualmente emprega 130 pessoas, mas j� teve mais de 1 mil, segundo o sindicato local.A queda das vendas de componentes el�tricos (chicotes) para seus principais clientes – as fabricantes de caminh�es, �nibus e tratores –, levou a PK Cables do Brasil a fechar, em dezembro, a f�brica de Curitiba (PR).
Em maio, o grupo de origem finlandesa que atua no Brasil h� 17 anos j� havia encerrado as atividades da filial de Itajub�, no Sul de Minas Gerais. As duas unidades empregavam 1,1 mil trabalhadores (500 em Itajub� e 600 em Curitiba). Agora a companhia mant�m apenas a f�brica de Campo Alegre (SC).

BUSCA DE DIREITOS
N�o houve an�ncio oficial de encerramento de atividades. Segundo o Sindicato dos Metal�rgicos de Guarulhos, a dire��o da Eaton, fabricante de pe�as hidr�ulicas, s� confirmou o fechamento da unidade depois de ter sido procurada pela entidade, no in�cio do m�s. “Os trabalhadores perceberam um movimento fora da rotina na f�brica, pois estavam ampliando a produ��o num momento em que a pr�pria empresa reclama da crise”, informou Jos� Barros da Silva Neto, diretor do sindicato.

“Eles nos procuraram e fomos falar com o representante da empresa, que confirmou a transfer�ncia da produ��o para a unidade de Guaratinguet�, no interior de S�o Paulo”, diz o sindicalista. A f�brica est� na cidade h� 27 anos, mas pertence ao grupo americano Eaton desde 2001. Chegou a empregar entre 500 e 600 funcion�rios, mas atualmente mant�m 140 pessoas, segundo Silva Neto. A empresa n�o comentou o assunto.

Em Curitiba, o Sindicato dos Metal�rgicos do Paran� informa que negociou a dispensa dos trabalhadores locais da PK Cables do Brasil, que receberam participa��o nos resultados de R$ 12 mil cada um, al�m de tr�s meses de vale mercado e plano m�dico. Nenhum representante da empresa foi localizado na semana passada para falar sobre o assunto.

No ano passado, a produ��o de caminh�es caiu 47,1% em rela��o a de 2014, enquanto a de �nibus tiveram redu��o de 34,7%. O segmento de m�quinas agr�colas apresentou recuo de 32,8%, segundo a Associa��o Nacional dos Fabricantes de Ve�culos Automotores (Anfavea). Nos dois primeiros meses deste ano, o cen�rio segue cr�tico, com redu��o acumulada de 40,7% na produ��o de caminh�es, de 45,2% na de �nibus e de 52% na de m�quinas agr�colas.

Enquanto isso...

..expans�o

A Associa��o Brasileira das Ind�strias de �leos Vegetais (Abiove) apladiu a lei 3.834/2015, que estabelece um cronograma para o aumento da mistura obrigat�ria de biodiesel ao diesel f�ssil, sancionada pela presidente Dilma Rousseff. A Abiove projeta que a nova legisla��o levar� a uma maior procura interna por �leo de soja (foto). "Foi uma lei bastante produtiva no sentido de dar uma nova perspectiva para a produ��o de biodiesel, culminando com o B10 e depois o B15, cada um com valida��o dos respectivos testes de motores”, disse o gerente de Economia da Abiove, Daniel Furlan Amaral. “Representa com certeza um aumento da demanda por �leo de soja e uma perspectiva mais favor�vel para o esmagamento no Brasil.” Pela nova legisla��o, a mistura obrigat�ria de biodiesel no diesel passa de 7% para 8% at� 2017. No ano seguinte, o porcentual sobe para 9% e, em 2019, chegar� a at� 10% (o B10). A mistura poder� chegar a at� 15% (B15), desde que haja testes em motores e aprova��o do Conselho Nacional de Pol�tica Energ�tica (CNPE).

 

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)