“Estas previs�es est�o sujeitas a grandes incertezas”, advertem economistas da institui��o no documento, que n�o cita explicitamente o cen�rio pol�tico brasileiro e traz recomenda��o para que o pa�s tome medidas pelo lado dos impostos para melhorar as contas fiscais. Desde 2012, o Fundo vem rebaixando as previs�es de PIB do Brasil a cada novo relat�rio divulgado e o relat�rio de ontem fala em recupera��o “muito gradual” para o pa�s. Para o economista-chefe do Banco Mundial para a Am�rica Latina e o Caribe, Augusto de la Torre, as incertezas existentes no Brasil tornam “muito dif�cil” prever quando o pa�s sair� da recess�o em que mergulhou em 2014.
Em seu relat�rio semestral sobre a regi�o, a institui��o estimou que a economia brasileira ter� contra��o de 3,5% neste ano. De la Torre defendeu a ado��o de medidas econ�micas que reduzam a incerteza e levem � retomada dos investimentos. “Se tiv�ssemos uma maneira simples de adivinhar em que momento haver� uma recupera��o dos investimentos no Brasil seria mais f�cil prever quando a recess�o terminar�”, afirmou durante entrevista coletiva.
J� o FMI ressalta que caso a economia brasileira n�o se recupere como o previsto, o PIB fraco do pa�s junto com o da R�ssia, outro mercado em recess�o, pode voltar a empurrar a expans�o da economia mundial para baixo. Os dois pa�ses respondem por 6% do PIB do planeta e em janeiro, quando divulgou atualiza��o das proje��es, o FMI disse que um dos fatore que pesaram na redu��o da estimativa para o crescimento mundial foi a recess�o no Brasil. “A contra��o da economia brasileira vem sendo maior que a esperada, enquanto outros pa�ses da Am�rica Latina permanecem em linha com o previsto”, afirma o FMI. A recomenda��o do Fundo � que o Brasil persista com os esfor�os de consolida��o fiscal.
Ind�stria fica
mais descrente
E n�o foram apenas os organismos internacionais que ficaram mais pessimistas com a economia brasileira neste ano. Em ambiente de recess�o e crise pol�tica, a Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI) elevou a perspectiva de queda do PIB este ano de 2,6% em dezembro para 3,1% agora, conforme o Informe Conjuntural divulgado ontem pela entidade. A pesquisa � divulgada trimestralmente. Esse resultado foi formado por uma s�rie de indicadores ruins de composi��o do PIB.
Para o consumo das fam�lias, a previs�o piorou, passando de queda de 3,3% para retra��o de 4,4%. O PIB Industrial tamb�m deve encolher mais que o esperado anteriormente: a proje��o negativa passou de 4,5% para 5,0%. A forma��o bruta de capital fixo (FBCF), que mostra os investimentos produtivos do Pa�s na composi��o do PIB, deve se retrair 13,5% em 2016. A expectativa anterior era melhor, mas ainda assim, negativa: queda de 12,3%. “A domin�ncia de um ambiente de incerteza pol�tica – geradora de instabilidade econ�mica e baixa confian�a dos agentes – mant�m a economia brasileira em forte recess�o”, analisa a CNI.