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Estado de Minas LUZ DO SOL NAS TOMADAS

Minas se destaca na gera��o de energia solar

Ainda incipiente no pa�s, sistema fotovoltaico ganha espa�o em resid�ncias e ind�strias. N�mero de micro e miniusinas instaladas nos telhados em MG j� � o maior do pa�s


postado em 24/04/2016 06:00 / atualizado em 24/04/2016 07:26

O engenheiro Lupércio de Sousa investiu R$ 20 mil no sistema que gera eletricidade para seu apartamento(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A.Press)
O engenheiro Lup�rcio de Sousa investiu R$ 20 mil no sistema que gera eletricidade para seu apartamento (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A.Press)

Apesar de estar entre os dez pa�ses que mais consomem energia em todo o mundo, de ter a seu favor o calor dos tr�picos e ver o sol brilhar o ano inteiro, o Brasil ainda � dependente do sistema hidrel�trico e aproveita muito pouco o potencial da luz que vem do c�u e pode baratear a conta de energia, reduzir impactos socioambientais e ainda contribuir para o crescimento econ�mico. Na corrida mundial rumo �s novas fontes renov�veis de energia, o pa�s tem posi��o acanhada, mas Minas vem se destacando na chamada gera��o fotovoltaica distribu�da. O estado tem o maior n�mero de micro e miniusinas, aquelas instaladas nos telhados das resid�ncias.

Aos poucos a gera��o a partir do sol come�a a alcan�ar tamb�m as ind�strias. Na regi�o Central do estado, em Alvin�polis, a Bio Extratus concluiu investimentos da ordem de R$ 3 milh�es e ser� a primeira ind�stria no pa�s a utilizar energia cem por cento fotovoltaica instalada com capital pr�prio. Em Minas, s�o cerca de 330 sistemas gerando energia, principalmente em resid�ncias, o que corresponde a 20% de todos os sistemas instalados no pa�s. Apesar de a tecnologia ainda ter custo alto, dados da Associa��o Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) apontam que nos �ltimos 10 anos o investimento ficou perto de 80% mais barato.

Hoje o pre�o m�dio de uma microusina � de aproximadamente R$ 20 mil. “O sistema � capaz de abastecer uma resid�ncia, de quatro pessoas, que tenha um consumo m�dio mensal da energia pr�ximo a 300 kw/h”, compara Rodrigo Sauaia, presidente-executivo da Absolar. Segundo ele, o retorno do investimento se d� entre seis e nove anos e h� equipamentos em funcionamento h� mais de 30 anos. Ele diz que Minas tem um dos melhores recursos do pa�s, com sol o ano inteiro. “A inten��o agora � motivar o uso da energia em escolas, hospitais, creches, reduzindo as contas do pr�prio estado e munic�pios”, aponta.

EM CASA Apesar de pa�ses europeus estarem bem � frente na gera��o fotovoltaica, os melhores n�veis de insola��o no continente europeu s�o iguais aos piores n�veis brasileiros. Pensando em aproveitar a fonte solar, em setembro do ano passado o engenheiro mec�nico Lup�rcio de Sousa Junior decidiu usar o espa�o livre em seu apartamento de cobertura para instalar uma usina de microgera��o.

Ele investiu R$ 20 mil no projeto que tem vida m�dia estimada em aproximadamente 27 anos. Na fam�lia de Lup�rcio s�o quatro pessoas e o consumo mensal de energia, antes da microgera��o, girava pr�ximo a R$ 300 por m�s. “Hoje pago a taxa m�nima da Cemig, de R$ 90”, explica o engenheiro. Segundo ele a decis�o do investimento n�o foi apenas financeira mas tamb�m ambiental. “A energia fotovoltaica agride menos o meio ambiente.”

Como engenheiro mec�nico que observa de perto o avan�o do setor, ele acredita no potencial do pa�s e diz que o pre�o da tecnologia tende a cair com o crescimento do volume instalado. “Percebo que existe h� muito tempo nos pa�ses europeus, nos Estados Unidos, a preocupa��o de ter as constru��es voltadas para o Norte. O Brasil est� bem atrasado, mas tem grande potencial.”

Para se ter ideia do descompasso entre o Brasil e o mundo, a gera��o fotovoltaica brasileira corresponde ao que os Estados Unidos geravam em 1992.Na corrida mundial, o ensolarado Brasil largou atrasado e por enquanto, a energia fotovoltaica na matriz nacional n�o corresponde nem a 1% do que gera pa�ses como a Alemanha, at� pouco tempo l�der na energia limpa, posto agora ocupado pela China. O Brasil gera cerca de 40 MW, o que lhe d� uma participa��o de 0,02% na matriz energ�tica.
 
Usina para f�brica
 
Em Alvin�polis, regi�o Central do estado, foi dada partida num projeto importante para o pa�s. Na pequena cidade de 15 mil habitantes ter� a primeira ind�stria do pa�s abastecida totalmente com a energia fotovoltaica e implementada com capital privado. “Em todos os pa�ses do mundo onde a energia fotovoltaica decolou foi alavancado por pol�ticas p�blicas ou por iniciativas do setor privado que contornou os impasses”, observa B�rbara Rubim, coordenadora no Greenpeace da campanha de energias renov�veis.

Driblar os impasses foi a atitude da Bio Extratus, especializada em cosm�ticos naturais. A ind�stria, que atualmente consome 67 mil kw/h m�s de energia, a partir de maio vai ser abastecida pela fonte fotovoltaica. A constru��o da usina foi r�pida, cerca de dois meses e a decis�o foi bancar o projeto com capital pr�prio.

“Estimamos recuperar o investimento de R$ 3 milh�es em sete anos, mas o maior retorno que pretendemos � o ambiental. A gera��o de uma energia renov�vel e menos agressiva faz parte da pol�tica ambiental da empresa”, aponta Lindouro Modesto, um dos fundadores da ind�stria, que come�ou com a fabrica��o caseira de xampus, na cozinha de casa, e hoje emprega 530 funcion�rios. “Estamos apenas aguardando a chegada da R�ssia, de um religador, equipamento que d� prote��o � rede da Cemig para dar in�cio ao funcionamento da usina”, explica Lindouro.

As 6 mil toneladas de cosm�ticos/ano produzidas pela Bio Extratus e comercializadas para todo o pa�s, com exporta��es tamb�m para Europa, Estados Unidos e Am�rica do Sul, v�o ser agora fabricadas com a energia fotovoltaica. S�o 2.159 placas de 265 Megawatts cada, distribu�das em 4 mil metros quadrados de telhados e galp�es. 


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