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Estado de Minas

Temer vai priorizar conjunto de medidas que podem acelerar queda dos juros


postado em 02/05/2016 08:13 / atualizado em 02/05/2016 09:43

S�o Paulo - Diferentemente do que foi feito pelo ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy, que apresentou um grande n�mero de propostas para melhorar as contas p�blicas, um eventual governo de Michel Temer vai concentrar esfor�os em um conjunto pequeno de iniciativas na �rea econ�mica que busca rever a estrutura dos gastos e, no m�dio prazo, conter e at� reverter o aumento da d�vida, recuperando a confian�a dos investidores na capacidade de o Pa�s pagar as suas contas. A mudan�a de percep��o, acredita-se, ainda pode abrir espa�o, no curto prazo, para uma queda mais r�pida da taxa de juros que a esperada pelo mercado.

Logo de sa�da, a prioridade � aprovar duas medidas no Congresso: a fixa��o de um teto para as despesas e a desvincula��o de gastos sociais, em particular a de benef�cios ao sal�rio m�nimo. Mais � frente, podem sugerir reformas na Previd�ncia.

O foco do pacote � sinalizar, logo de in�cio, que haver� queda na trajet�ria da d�vida no m�dio prazo, o que tende a resgatar a confian�a e gerar um efeito domin� ben�fico. Estima-se que haver� a volta dos investimentos, em especial internacionais, seguida de recuo na cota��o do d�lar. Nesse ambiente, a infla��o, que j� est� cedendo, ter� al�vio adicional, o que abriria terreno para o Banco Central reduzir a Selic, a taxa b�sica de juros. Adicionalmente, seria poss�vel cortar a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Ela � usada nos financiamentos a empresas concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES).

O diagn�stico desenhado nas �ltimas semanas aponta que uma queda mais r�pida dos juros serviria como um instrumento importante para o ajuste fiscal e para a retomada do crescimento econ�mico. Afinal, s� com o fim da recess�o e a volta do crescimento ser� poss�vel melhorar a arrecada��o, que n�o para de cair. Com o choque de confian�a, alguns economistas acham que a Selic, hoje em 14,25%, pode fechar o ano em 11,25% ou perto disso.

A fixa��o de um teto para o total das despesas � vista tamb�m como uma ferramenta para melhorar a gest�o de todos os gastos, at� mesmo dos fixos, que o governo n�o tem autonomia para mexer. Isso ocorre porque, ao se determinar um teto, todas as despesas ser�o reduzidas proporcionalmente. Na pr�tica, significa, por exemplo, que n�o � necess�rio desvincular os gastos com Sa�de e Educa��o, fixados na Constitui��o.

As concess�es p�blicas j� em curso ser�o tocadas, mas o eventual novo governo vai reformular esse programa, considerado fundamental. De um lado, ele pode refor�ar o caixa com receitas extraordin�rias, inclusive com d�lares de investidores externos. De outro, vai auxiliar na retomada do emprego, mais uma pe�a considerada central na pol�tica econ�mica que est� sendo desenhada.

Equipe


Escolhido pelo vice-presidente para comandar a economia, o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles est� definindo nomes justamente para a presid�ncia do BC e para o comando dos bancos oficiais - Banco do Brasil, BNDES e Caixa Econ�mica Federal. Nesta segunda-feira, 2, Meirelles dever� se reunir com o senador Romero Juc� (PMDB-RR), indicado para o Minist�rio do Planejamento, e um dos principais interlocutores de Temer. Meirelles apresentou a Temer quatro nomes para o BC: Carlos Kawall, ex-secret�rio do Tesouro Nacional, Ilan Goldfajn, Afonso Bevilaqua e M�rio Mesquita. Os tr�s �ltimos ex-diretores do BC.

Para a equipe do Minist�rio da Fazenda, um dos cotados � o ex-diretor do BC Carlos Hamilton, que � diretor da J&F, que controla a JBS. Meirelles � presidente do conselho consultivo da J&F. A orienta��o do vice-presidente � de que a equipe do BC tenha sintonia e com a do Minist�rio da Fazenda. Interlocutores do vice afirmam que n�o � inten��o no momento discutir a independ�ncia operacional do Banco Central, que manter� a autonomia para decidir os rumos da pol�tica monet�ria.


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