A recess�o prolongada da economia brasileira provocou demiss�es no segmento da constru��o civil pelo 19º m�s consecutivo. Em abril, foram cortados 17,4 mil postos de trabalho no Pa�s. Com isso, o n�mero total de pessoas empregadas na constru��o atingiu 2.830.254, o que representa redu��o de 0,61% em rela��o a mar�o.
No acumulado dos primeiros quatro meses do ano, os cortes no Brasil chegaram a 72,9 mil vagas, enquanto no acumulado dos �ltimos 12 meses at� abril, as perdas totalizaram 398,2 mil vagas.
Os dados divulgados h� pouco fazem parte da pesquisa realizada pelo Sindicato da Ind�stria da Constru��o Civil do Estado de S�o Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Funda��o Getulio Vargas (FGV), com base em informa��es do Minist�rio do Trabalho e do Emprego (MTE).
Na avalia��o por segmento, as obras de instala��o tiveram a maior retra��o no n�mero de empregos (-1,45%) em abril na compara��o com mar�o, seguido por obras imobili�rias (-0,83%) e de prepara��o de terrenos (-0,33%).
J� na avalia��o por regi�es, houve corte de vagas no Nordeste (-1,75%), Norte (-0,89%) e Sudeste (-0,63%). Por outro lado, houve contrata��es no Centro-Oeste (1,43%) e Sul (0,10%).
O Estado de S�o Paulo, com maior n�mero de trabalhadores no setor (26,8% do total do Pa�s), teve recuo de 0,46% em abril ante mar�o.
Avalia��es
A queda do n�vel de emprego na ind�stria da constru��o em abril j� era esperada em fun��o da recess�o e seguir� se repetindo nos pr�ximos meses, a menos que o setor receba est�mulos, segundo afirmou o presidente do SindusCon-SP, Jos� Romeu Ferraz Neto, em nota divulgada � imprensa.
"Esperamos que o governo retome as contrata��es em todas as faixas de renda do Minha Casa Minha Vida, e que a Uni�o renove os conv�nios para que Estados e munic�pios possam aportar terrenos e recursos ao programa. Medidas para ampliar a oferta de cr�dito ao mercado imobili�rio tamb�m s�o urgentes. E � preciso acelerar as provid�ncias para colocar de p� as concess�es e parcerias p�blico-privadas", reivindicou o presidente do sindicato patronal.
Em entrevista nesta semana, Ferraz Neto reiterou a proje��o de queda de 5,0% do Produto Interno Bruto (PIB) da constru��o em 2016 e a estimativa de perda de um total de 250 mil empregos no setor neste ano.