S�o Paulo - O Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea) divulgou um estudo referente � situa��o econ�mica do pa�s. O documento, no qual j� aparece o nome do novo presidente do instituto, Ernesto Lozardo, sinaliza que a recupera��o da economia brasileira estaria mais pr�xima. Os "primeiros sinais deste poss�vel in�cio de recupera��o c�clica", de acordo com o Ipea, se concentram, a princ�pio, na ind�stria, sobretudo nas empresas com atua��o no mercado externo.
O Ipea destaca que setores industriais voltados ao com�rcio exterior s�o os primeiros beneficiados com o que o instituto classificou como "ajuste proveniente do setor externo". A retra��o da demanda dom�stica, por outro lado, "segue provocando um forte ajuste de estoques". O atual n�vel dos estoques, por outro lado, representaria uma "fonte de est�mulo" para a retomada da produ��o dom�stica.
O aparente otimismo, contudo, � acompanhado de uma an�lise do atual momento da ind�stria, o setor que mais sentiu a crise econ�mica, e todos os desafios ainda a serem superados. "A an�lise dos dados divulgados na Pesquisa Industrial Mensal - Produ��o F�sica (PIM-PF) do IBGE permite identificar ind�cios de que a longa trajet�ria de queda da produ��o industrial pode estar se aproximando de um ponto de inflex�o", aponta o Ipea. "O caminho de recupera��o, no entanto, aparentemente ser� longo", destaca o documento, em outro trecho.
PIB
Ao analisar o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) no in�cio do ano e destacar o fraco desempenho da economia nos �ltimos trimestres, o Ipea estima que o carry-over para 2016 ficou em -2,6%. "Ou seja, caso permane�a estagnado durante os pr�ximos tr�s trimestres, na s�rie com ajuste sazonal, o PIB de 2016 ter� sido 2,6% menor que o do ano passado", pondera o material, elaborado ap�s a divulga��o da queda de 5,4% do PIB referente ao primeiro trimestre, na compara��o com o mesmo per�odo do ano passado.
A desacelera��o no ritmo de queda do PIB, cogitada pelo Ipea, teria como pano de fundo o atual patamar da economia brasileira. Desde o in�cio da "atual recess�o", per�odo n�o detalhado pelo instituto, o PIB j� acumula queda de 7,1%. Al�m disso, a queda acumulada em quatro meses at� o m�s de mar�o ficou em 4,7%, novo recorde negativo da s�rie hist�rica iniciada em 1996.
Os n�veis de confian�a dos empres�rios v�m registrando altas nos �ltimos meses, "embora ainda se mantenham em patamares muito pr�ximos dos m�nimos hist�ricos", relembra a Carta da Conjuntura. A ind�stria, relembra o documento, apresentou queda em oito dos �ltimos dez trimestres. J� a Forma��o Bruta de Capital Fixo (FBCF) recuou no in�cio de 2016 pelo d�cimo trimestre consecutivo.