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Estado de Minas

Kroton e Est�cio anunciam fus�o para criar maior grupo de ensino superior do pa�s

Neg�cio foi fechado por R$ 24,9 bilh�es e grupo passa a ter 1,6 milh�o de alunos. Negocia��o depende de aprova��o do Cade


postado em 02/07/2016 06:00 / atualizado em 02/07/2016 08:02

O Conselho de Administra��o da Est�cio Participa��es aceitou a proposta da gigante Kroton. O neg�cio foi fechado depois de a Kroton melhorar sua oferta de troca de a��es durante essa madrugada, quando o conselho estava reunido. O neg�cio ainda depende da aprova��o do Cade. A fus�o entre a l�der (Kroton)m e a vice-l�der no mercado de ensino superior no pa�s vai resultar na cria��o do maior grupo de educa��o superior no pa�s, com quase 1,6 milh�o de alunos. Al�m da lideran�a no mercado interno, a fus�o ainda vai consolidar a Kroton como a maior empresa educacional do mundo. Levantamento da CM Consultoria mostra que a uni�o entre Est�cio e Kroton formar� uma empresa de R$ 24,9 bilh�es em valor de mercado.

A formaliza��o do neg�cio foi feita a partir a nova proposta da Kroton, que considerou uma rela��o de troca de 1,25 a��o da Kroton para cada papel da Est�cio. A opera��o � avaliada em mais de R$ 5 bilh�es e une a primeira e a segunda maiores empresas de educa��o de capital aberto do pa�s. Tamb�m foi adicionada � oferta a distribui��o de R$ 170 milh�es em dividendos extraordin�rios aos acionistas da Est�cio, o que representa aproximadamente R$ 0,55 por a��o, de acordo com fato relevante distribu�do ao mercado na manh� de ontem. A eleva��o da proposta da Kroton foi uma surpresa ao mercado, j� que a empresa garantira que a oferta anterior (de 1,25 a��o para cada papel da Est�cio) era sua segunda e �ltima – a primeira considerava 0,97 a��o da Kroton para cada uma da Est�cio.

Segundo fontes que acompanharam de perto a negocia��o, a demora para a tomada de decis�o da Est�cio comprova a divis�o que h� na empresa. Enquanto alguns acionistas topavam a venda � Kroton, sobretudo aqueles que mant�m participa��o nas duas empresas (Kroton e Est�cio), outros, como a fam�lia Zaher, vetavam a venda. O fato relevante tamb�m d� sinais desta divis�o ao colocar algumas condi��es para o fechamento do neg�cio. “O Conselho de Administra��o da Est�cio, em reuni�o realizada ontem, manifestou que est� de acordo com os termos econ�micos da nova proposta da Kroton, desde que os demais termos da opera��o sejam estabelecidos de forma satisfat�ria”, afirmou, sem detalhar quais seriam esses termos.

O documento tamb�m detalha que foi criado um comit� para a an�lise dos pr�ximos passos do neg�cio. “Desse modo, o Conselho de Administra��o solicitou ao comit� formado para cuidar deste assunto que negocie com a Kroton os demais termos da opera��o”, diz o fato relevante. A Est�cio atraiu a aten��o dos concorrentes por causa do seu crescimento acelerado (em n�mero de alunos) no ensino a dist�ncia (EAD), que tem custo baixo e � focado na classe C. Al�m disso, a forte presen�a no Rio, mercado considerado dif�cil para entrar tanto por conta dos altos alugu�is como dos bons sal�rios de professores por causa de um sindicato atuante, foi decisiva para transformar a empresa na bola da vez.

O Brasil tem quase 2.100 institui��es de ensino superior privado, que concentram 75% dos alunos dessa faixa. As opera��es de fus�o e aquisi��o, com a chegada de estrangeiros ao pa�s, come�aram a crescer em 1996, quando houve a san��o da lei que permitiu a abertura de capital de universidades com fins lucrativos. A onda mais forte de consolida��o teve in�cio em 2007. A primeira grande fus�o de empresas abertas foi a da Kroton com a Anhanguera, anunciada em 2013.

Segundo especialistas, a venda � um bom neg�cio para os acionistas, mas nem tanto para o mercado de educa��o brasileiro. Os ganhos com sinergias decorrentes do neg�cio s�o estimados em cerca de R$ 4 bilh�es com a fus�o com a Kroton, que � l�der do mercado, com 1,1 milh�o de alunos. O aumento da concentra��o no segmento de Ensino Superior traz efeitos indesej�veis, como corte de pessoal e queda de qualidade, segundo especialistas.


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