(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Inadimpl�ncia no ensino superior deve interromper cinco anos de queda

Estudo do Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp) projeta alta do indicador em 2015. O enfraquecimento da economia, somado � restri��o do n�mero de vagas do Fies, est�o comprometendo a capacidade de pagamento das fam�lias


postado em 03/08/2015 18:07 / atualizado em 03/08/2015 18:39

 A inadimpl�ncia no ensino superior brasileiro deve voltar a subir este ano ap�s uma sequ�ncia de cinco anos em queda, prev� estudo do Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp). O enfraquecimento da economia, somado � restri��o do n�mero de vagas no programa de financiamentos estudantil do governo, o Fies, devem levar � primeira alta do indicador desde 2009.

O estudo projeta que, ao final de 2015, a taxa de inadimpl�ncia no ensino superior para mensalidades com mais de 90 dias de atraso chegue a 8,4%, aumento de 0,6 ponto porcentual ante o ano anterior. Em 2014, a taxa foi de 7,8%.

Uma taxa de inadimpl�ncia acima de 8% n�o � vista no setor desde 2012, justamente o ano em que o Fies teve um crescimento mais acelerado e passou a atingir um n�mero mais representativo de alunos no ensino privado, ajudando a reduzir os calotes de mensalidades no ensino.

O diretor-executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, afirma que a proje��o da entidade levou em conta a oferta de um menor n�mero de vagas do Fies este ano e tamb�m a mudan�a nas inscri��es no programa. At� o ano passado, era poss�vel inscrever um estudante no Fies em qualquer per�odo do ano. Isso fazia com que institui��es pudessem encaminhar para o financiamento alunos que j� estavam matriculados e que apresentaram dificuldade de pagar as mensalidades.

Para este ano, afirma Capelato, o setor deve sentir o impacto ainda de uma deteriora��o no ambiente macroecon�mico. "Esse � um setor que tradicionalmente j� sofre com inadimpl�ncia acima da m�dia e pode ser afetado com a alta do desemprego", diz. A taxa de 7,8% de inadimpl�ncia em 2014 � maior que os 6,3% para o total de pessoas f�sicas no Brasil, conforme o Banco Central.

Entre os fatores no setor que contribuem para uma inadimpl�ncia mais elevada que a m�dia da economia est� uma dificuldade de cobran�a natural. Um aluno inadimplente n�o deixa de frequentar as aulas pelo menos at� o fim de um semestre letivo, comenta o executivo.

Os dados do Semesp consideram o universo total de estudantes de ensino superior privado, portanto incluem tanto alunos atendidos por algum programa governamental como aqueles que bancam os pr�prios estudos sem aux�lio. O setor entende que a inadimpl�ncia entre os alunos que pagam pelo estudo sem bolsa ou financiamento � mais alta.

Essa percep��o sobre o risco de uma inadimpl�ncia elevada tem sido um dos pontos de debate nos esfor�os do setor para desenvolver um sistema de financiamento privado. Especialistas estimam que a taxa de inadimpl�ncia possa chega a dois d�gitos no universo de alunos n�o atendidos por programas governamentais, que poderia ser alvo de outros tipos de financiamento.

 

As empresas de ensino superior discutem com governo e bancos uma proposta de financiamento estudantil que combine funding privado com algum tipo de subs�dio governamental.


Um modelo desenhado em pesquisa encomendada pelo setor prev� a cria��o de letras de cr�dito voltadas para esse neg�cio, assim como h� hoje para o cr�dito � agricultura e o imobili�rio. O primeiro estudo apresentado prev� que a maior parte do risco de inadimpl�ncia deva ser assumida pelas institui��es de ensino superior, ainda que elas possam negociar individualmente com os bancos.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)