Bras�lia, 04 - O ministro da Defesa, Raul Jungmann, saiu em defesa da manuten��o do atual sistema de aposentadoria diferenciado para os militares. Pela atual legisla��o, os militares podem passar para a reserva remunerada ap�s 30 anos de servi�o, repetindo uma regra que existe na maior parte das For�as Armadas no mundo.
O governo do presidente em exerc�cio, Michel Temer, quer mudar isso e discute a possibilidade de unificar as aposentadorias de civis e militares. Segundo Jungmann, o tema est� em discuss�o e a conversa "caminha muito bem". Para ele, � preciso que "continue a haver esta segrega��o e, n�o, necessariamente, a unifica��o".
Jungmann tem reiterado que os militares s�o "funcion�rios de Estado" e que, pela especificidade das fun��es que executam, n�o podem ser submetidos �s mesmas regras que os servidores civis.
"Acho justo, do meu ponto de vista, que continue a haver essa segrega��o", emendou. O ministro reconheceu que "esta � uma quest�o a ser discutida", mas assegurou que as conversas est�o sendo bem sucedidas. "Eu acho que � uma quest�o em discuss�o. Mas eu entendo que n�s temos duas carreiras: a civil e a militar e que o militar se obriga a uma s�rie de ren�ncias em termos de direitos que, exatamente, o servidor civil tem", declarou o ministro da Defesa.
As declara��es de Jungmann foram dadas ap�s a cerim�nia de apresenta��o dos oficiais generais promovidos por Temer.
O comandante da Marinha, almirante Eduardo Barcellar Leal Ferreira, tamb�m defendeu a necessidade de os militares terem aposentadoria integral, diferenciada, com 30 anos de servi�o. "N�s n�o temos hor�rio ou dia de trabalho, n�o temos FGTS, n�o temos direito a sindicaliza��o, a hora extra, a fazer greve", disse o almirante, repetindo o discurso do comandante da Aeron�utica, brigadeiro Nivaldo Rossatto, que � contr�rio ao regime �nico de Previd�ncia Social.
"J� tivemos uma grande reforma em 2001, em que v�rios direitos foram tirados como aux�lio moradia, gratifica��o por tempo de servi�o, vantagem de ir para a reserva ganhando um posto acima ou licen�a a pr�mio de seis meses", disse o almirante, incluindo a� o fim da concess�o de pens�o para as filhas. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.