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Estado de Minas

Fabricantes de ve�culos sofrem com a desacelera��o de 20,4% nas vendas

Apesar de pequena retomada em julho vendas retraem no decorrer do ano


postado em 05/08/2016 00:12 / atualizado em 05/08/2016 07:55

S�o Paulo – A produ��o de ve�culos no pa�s registrou uma leve acelerada no m�s passado, mas ainda ficou longe de reverter as perdas do ano. De acordo com balan�o registrado ontem pela Associa��o Nacional dos Fabricantes de Ve�culos Automotores (Anfavea), em julho, as montadoras instaladas no Brasil fabricaram 189.907 unidades, alta de 4,7% em rela��o a junho, mas queda de 15,3% na compara��o com julho do ano passado. No acumulado dos primeiros sete meses do ano, a retra��o foi de 20,4%, com a produ��o de 1,205 milh�o de unidades. Em 12 meses, a queda � ainda pior: chega a 25,4%.

Apesar dos resultados acumulados ainda negativos, o presidente da Anfavea, Antonio Megale, comemorou o crescimento da produ��o em rela��o a junho, mas disse que ainda n�o � poss�vel afirmar que h� um in�cio consistente de recupera��o do mercado de ve�culos.  Ele chegou a dizer que a fabrica��o de ve�culos em julho poderia ter sido at� um pouco maior, se algumas montadoras n�o tivessem sido obrigadas a interromper a produ��o algumas vezes. Ele n�o citou nomes, mas a Volkswagen, por exemplo, enfrentou problemas com fornecimento de pe�as e teve de parar a f�brica de S�o Bernardo do Campo por alguns dias.

Ele lembrou que, mesmo com a alta da produ��o em rela��o a junho, “muitas empresas” continuam recorrendo a medidas de flexibiliza��o da produ��o, como o Programa de Prote��o ao Emprego (PPE), que permite a redu��o da jornada e dos sal�rios dos trabalhadores em at� 30%.

Segundo Megale, o n�mero de funcion�rios cadastrados no PPE chega a 21 mil. Aqueles que est�o em lay-off (suspens�o tempor�ria de contratos) somam 5 mil. Ao todo, portanto, 26 mil trabalhadores participam de algum tipo de medida de flexibiliza��o da produ��o, de um total de 126,8 mil pessoas empregadas no setor.

Por outro lado, Megale ressaltou que o setor tem buscado compensar a baixa demanda interna com vendas para o exterior. “Estamos vendo na exporta��o uma alternativa important�ssima”, afirmou o empres�rio, lembrando em seguida o esfor�o do governo em assinar novos acordos comerciais bilaterais. As exporta��es em valores de ve�culos e m�quinas agr�colas somaram US$ 939,284 milh�es em julho, crescimento de 24,6% na compara��o com julho do ano passado e alta de 6% ante junho. No acumulado do ano, no entanto, tamb�m ainda enfrentam baixa de 8,1% sobre igual per�odo de 2015, para US$ 5,785 bilh�es.

O aumento das exporta��es e a leve melhora do mercado interno contribu�ram para que a ind�stria tivesse um al�vio nos estoques em julho. Agora, o n�mero de ve�culos encalhados nos p�tios das f�bricas e das concession�rias � de 222,2 mil, suficiente para 37 dias de venda, considerando o ritmo de neg�cios em julho. Em junho, eram 225,6 mil unidades, tamb�m suficiente para 37 dias de venda. Segundo Megale, embora os estoques tenham ca�do, as montadoras continuam trabalhando na redu��o do mesmo.

PERSPECTIVAS

O presidente da Anfavea afirmou que tem participado de rodadas de negocia��o com o governo para elaborar um novo plano para desenvolver a ind�stria brasileira, que provavelmente teria in�cio em 2018. Segundo ele, n�o se trata de uma nova edi��o do Inovar Auto (programa que concede incentivos fiscais �s montadoras que fazem investimentos produtivos no pa�s), mas de uma “nova pol�tica industrial de longo prazo”. “� complicado trabalhar com programas que se encerram e n�s ficamos sem saber como vai ser”, lamentou Megale, em refer�ncia ao Inovar Auto. “E o governo compactua com a nossa vis�o de que estamos falando de uma nova pol�tica industrial”, afirmou o presidente da associa��o. Depois de ter apresentado recordes de venda e produ��o no in�cio da d�cada, a ind�stria automobil�stica teve, em 2015, queda de 26,5% na venda e de 22,8% na produ��o.

Megale destacou que esta nova pol�tica industrial tem de prever medidas que estimulem o avan�o da efici�ncia energ�tica e que contribuam para a recupera��o da ind�stria de autope�as. Por contar com empresas de menor porte, as fabricantes de autope�as s�o mais sens�veis � crise. Este ano, a Fiat e a Volkswagen chegaram a interromper as suas produ��es algumas vezes por falta de pe�as, que n�o haviam sido entregues pelos fornecedores.


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