
N�o basta ter o produto que agrada o cliente, � preciso ter pre�o competitivo, desembara�o �gil nos embarques, previsibilidade.
Estudo feito pela Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI) em parceria com a Funda��o Getulio Vargas (FGV) apurou junto a 20.322 empresas brasileiras que exportaram em 2015 os principais desafios das vendas ao mercado internacional.
Na corrida de obst�culos, o c�mbio, t�o apontado como redutor das exporta��es, n�o entrou nas 10 dificuldades mais citadas pelos exportadores ouvidos no estudo “Desafios � Competitividade das Exporta��es Brasileiras.”
A taxa de c�mbio ficou em 12º lugar e os tributos na 17ª posi��o, colocando em xeque a morosidade aduaneira e alfandeg�ria, al�m de acender um alerta para a burocracia que atrasa e encarece os embarques.
Participa��o no PIB
O percentual das exporta��es brasileiras em rela��o ao Produto Interno Bruto (PIB) � baixo, principalmente se comparado ao de outros pa�ses, o que limita a recupera��o econ�mica do Brasil pela via das exporta��es.
De acordo com dados do Banco Mundial, as exporta��es brasileiras de bens e servi�os representam apenas 12% do PIB, ao passo que a m�dia mundial � 30%, valor que n�o se altera muito em economias emergentes ou menos desenvolvidas.
Outro dado preocupante � que o Brasil contribui com apenas 1,2% do volume mundial de exporta��es de bens, valor que cai para 0,7% se apenas os manufaturados forem considerados.
Os exportadores indicaram 62 entraves ao com�rcio numa escala de 1 a 5, sendo que 1 indicava que o entrave era pouco cr�tico e 5 que o entrave era muito cr�tico.
De acordo com a pesquisa, entraves na log�stica, burocracia e custos alfandeg�rios s�o os maiores desafios �s exporta��es. O custo do transporte, por exemplo, recebeu nota 3,61; as tarifas cobradas por portos e aeroportos, 3,44, e a baixa a��o do governo em superar as barreiras � exporta��o ficou com 3,23.
Ao mesmo tempo, entre as empresas pesquisadas, a Receita Federal e o Minist�rio da Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento (Mapa) foram os �rg�os que apareceram em primeiro lugar como aqueles que mais impactam negativamente a din�mica das exporta��es.
Frederico Martini atua h� mais de 20 anos no com�rcio internacional. Diretor comercial da empresa de log�stica alem� Kuehne + Nagel (KN) ele e acredita que para reduzir o custo do transporte e as tarifas alfandeg�rias, que impactam no chamado custo Brasil, um dos caminhos � a promo��o de maior concorr�ncia entre os prestadores de servi�os, como ocorre em aeroportos internacionais onde no momento de embarque da carga a margem para negocia��o � maior, abrindo possibilidade para redu��o de custos com armazenagem, por exemplo.
Em nota, o diretor de desenvolvimento industrial da CNI, Carlos Abijaodi, disse que os 10 entraves mais cr�ticos foram considerados por exportadores de todas as regi�es do pa�s. O que muda � o grau da dificuldade. “No Nordeste, os exportadores s�o mais afetados pelos elevados juros para o financiamento da produ��o. No Centro-Oeste, a situa��o das rodovias � o maior problema”, avalia Abijaodi.