
A Comiss�o de Valores Mobili�ris (CVM) abriu audi�ncia p�blica para discutir sobre o mercado de equity crowdfunding. A expectativa � que seja desenhada regulamenta��o para o modelo, o que Vin�cius Maximiliano, especialista no setor, considera positivo. Segundo ele, a regulamenta��o dar� mais seguran�a ao setor. Uma das medidas em pauta � o limite do investimento a R$ 10 mil por ano, por investidor. Outra discuss�o em pauta � que as plataformas de financiamento coletivo sejam respons�veis por validar os projetos, garantindo sua sustentabilidade.
O americano Brian Begnoche lembra que o investimento em startups � de alto risco. “Fazemos uma rigorosa triagem dos projetos interessados em participar do financiamento. Tivemos, em um ano, perto de 100 empresas interessadas, aprovamos dois projetos e devemos lan�ar mais quatro at� o fim do ano”, conta.
Regulamentar para proteger
S�o duas as formas que empreendedores t�m para arrecadar. No modelo “tudo ou nada,” o autor da campanha n�o paga nenhuma taxa se n�o atingir sua meta. Dessa forma, o dinheiro � devolvido aos doadores. Na campanha flex�vel, o autor fica com o dinheiro mesmo sem atingir a meta, nesse caso, paga � plataforma taxas mais altas.
Para Vin�cius Maximiliano, o setor ainda n�o tem uma regulamenta��o e por isso os doadores tamb�m ficam sem prote��o. “Quando participam de uma campanha flex�vel e a meta n�o � alcan�ada, existe o risco de o projeto n�o conseguir seguir adiante, o que pode gerar frustra��o para os doadores”, observa.
Foi participando de uma campanha de crowdfunding que os empreendedores de Belo Horizonte Wellington Soares Junior, de 29 anos, Tiago Loureiro, de 28, e Vin�cius Loureiro, de 32, arrecadaram fundos para testar um produto inovador e fabricar o seu primeiro lote. Trata-se do “bluelux”, tecnologia fabricada pela startup dos empreendedores.
Wellington conta que, depois que o modelo de l�mpada foi trocado no Brasil e as incandescentes sa�ram de cena, eles perceberam que a pr�xima inova��o do mercado seria por meio da conectividade. Foi a� que eles se juntaram para criar o bluelux, tecnologia que � acoplada �s l�mpadas. A partir da�, por meio de um aplicativo, o consumidor tem no smartphone a gest�o e o controle da ilumina��o. Pode acender e apagar as l�mpadas, programar hor�rios, assim como controlar o brilho, gastando menos energia. A meta dos empreendedores era alcan�ar R$ 15 mil. “Arrecadamos R$ 28 mil e fabricamos 189 pe�as”, conta Wellington. Hoje, o produto � vendido no e-commerce da empresa. “O acesso ao cr�dito no sistema financeiro � mais restrito e mais caro para as empresas nascentes, por isso o crowdfunding � importante”, observa.