(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas CROWDFUNDING

Novo jeito de captar recursos, financiamento coletivo conquista os brasileiros

Forma r�pida para levantar fundos e tirar algum projeto do papel, o chamado crowdfunding cresce em ritmo acelerado no Brasil, tendo arrecadado perto de R$ 50 milh�es no ano passado


postado em 21/08/2016 06:00 / atualizado em 22/08/2016 15:24

Cristianne Alves e equipe da Histeria Games: sucesso com o financiamento coletivo(foto: Histeria Games/Divulgação)
Cristianne Alves e equipe da Histeria Games: sucesso com o financiamento coletivo (foto: Histeria Games/Divulga��o)
Antes de lan�ar jogos de tabuleiro inovadores e com desafios emocionantes no mercado nacional e assinar contrato internacional, os irm�os de Juiz de Fora Cristiane Alves, de 28 anos, e Daniel Alves, de 36, se lan�aram em campanhas de financiamento coletivo. Em plataformas nacionais e estrangeiras, eles levantaram capital superior a US$ 1 milh�o. O financiamento coletivo, que j� virou febre em pa�ses europeus e nos Estados Unidos, vem crescendo em ritmo r�pido no Brasil. O chamado crowdfunding arrecadou perto de R$ 50 milh�es no ano passado, com apelo de ser uma boa chance para quem n�o se intimida com a recess�o, quer tirar um projeto do papel mas n�o tem recursos e nem consegue bancar o cr�dito mais restrito e caro do sistema financeiro tradicional.


No ano passado, mais de 2 mil campanhas foram lan�adas em Minas, contando o cr�dito das doa��es. Cinema, moda e design, arquitetura e urbanismo, gastronomia, ci�ncia e tecnologia, literatura, transformar o food truck em restaurante, tem de tudo um pouco e n�o falta criatividade.


Cristiane e Daniel j� est�o em sua quinta experi�ncia. Em 2014, eles criaram a produtora de jogos de tabuleiros off-line Histeria Games. A fim de testar a ades�o dos consumidores aos jogos e arrecadar fundos para o lan�amento do Masmorra de Dados, desafio de tabuleiro para at� quatro jogadores, eles colocaram o projeto na plataforma Catarse. A campanha dos mineiros chegou a receber o pr�mio de maior valor arrecado em um financiamento de jogos off-line. Eles tiveram 1 mil apoiadores e arrecadaram R$ 240 mil. Com o sucesso, os irm�os decidiram crescer. Sem buscar cr�dito nas linhas convencionais, aderiram a uma plataforma global de financiamento coletivo e, com apoiadores de v�rios pa�ses, arrecadaram US$ 1 milh�o, suficientes para lan�ar o jogo nos Estados Unidos.


Ganhando espa�o em um mercado que cresce para os digitais, os irm�os abriram uma segunda campanha no site Kickante e, desta vez, arrecadaram R$ 218 mil para lan�ar o jogo de tabuleiro Ca�adores da Gal�xia. “Arrecadamos 875% a mais do que nossa meta”, conta Cristiane. Em uma recente campanha, iniciada no �ltimo dia 4, no mesmo site, desta vez para o jogo Sonhando com Alice, eles j� atingiram a marca dos R$ 27 mil. “O financiamento coletivo � muito importante, porque nos d� a chance de testar a ader�ncia do produto no mercado e de lan�ar o projeto, o que n�o conseguir�amos se n�o fossem as campanhas”, diz Cristiane.

INVESTIMENTO Para se ter ideia, segundo os dados do site de financiamento coletivo Kickante, s� por meio da plataforma Minas Gerais lan�ou, em 2015, 1.579 campanhas, que, juntas, arrecadaram mais de R$ 1 milh�o. Al�m disso, os mineiros tamb�m investiram mais de R$ 1 milh�o em campanhas de todas as partes do Brasil. Segundo Viviane Sedola, cofundadora da plataforma, em tr�s anos foram arrecadados pelo site R$ 28 milh�es.


At� a presidente afastada, Dilma Rousseff aderiu ao modelo. Dilma lan�ou m�o de uma campanha de financiamento coletivo para custear suas viagens e conseguiu superar sua meta de R$ 500 mil, alcan�ando mais de R$ 700 mil.
Diego Reeberg, um dos fundadores da plataforma Catarse, aponta que, no ano passado, a arrecada��o do site foi de R$ 12 milh�es. Em m�dia, os projetos arrecadam R$ 20 mil, mas h� campanhas que atingem valores bem maiores. N�o existem dados consolidados do setor, mas em quatro anos, mais de 20 plataformas foram criadas no pa�s. “Quem mais arrecada s�o aqueles que lan�am campanhas entendendo o seu nicho de mercado e o seu p�blico”, observa Reeberg. As doa��es podem ser simb�licas ou superarem a casa dos R$ 2 mil, mas, em m�dia, giram perto de R$ 150 e, assim, v�o atraindo desde pessoas que sonham transformar um produto em uma empresa at� institui��es conhecidas, como o Greenpeace.


As taxas pagas aos sites variam de 10% a 17% no Brasil, percentual que Vin�cius Maximiliano, especialista no setor, considera alto. Autor do livro sobre crowdfunding Dinheiro da multid�o, ele acredita que as taxas podem vir a cair com o crescimento do mercado. “Nos Estados Unidos, a m�dia de arrecada��o das campanhas � de US$ 50 mil, no Brasil � de R$ 10 mil”, diz o especialista. “S�o taxas altas para uma arrecada��o ainda pequena.”

Fique por dentro
Mais de 20 plataformas de financiamento coletivo atuam no Brasil
Mais de 2 mil projetos foram financiados em Minas no ano passado
De R$ 10 mil a R$ 20 mil � a m�dia arrecadada por campanha, mas os valores podem superar a marca dos R$ 150, que � a m�dia de doa��es
Os valores doados come�am a partir de R$ 10

Como funcionam as doa��es
Tudo ou Nada – Se atingir sua meta de arrecada��o, o dono da campanha paga um percentual � plataforma. Caso n�o atinja a meta, n�o paga nada e os valores s�o devolvidos aos doadores.

Campanha flex�vel – Mesmo se n�o atingir a meta de arrecada��o, autor da campanha fica com os valores doados e paga uma taxa � plataforma.

Recompensas – Modelo usado por algumas plataformas de crowdfunding, onde os doadores podem receber recompensas, como uma edi��o especial do produto que ajudou a lan�ar no mercado.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)