Depois de 14 meses de obras e investimentos de R$ 750 milh�es, o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, ganhou ontem um novo terminal, ampliando sua capacidade para 22 milh�es de passageiros por ano. O primeiro voo nacional no Terminal 2 ser� realizado no domingo e opera��es com destinos internacionais ter�o in�cio em meados de janeiro. Mas em meio �s comemora��es pela t�o aguardada inaugura��o, a concession�ria BH Airport – formada pelo Grupo CCR, Aeroporto de Zurich e a Infraero – sabe que tem pela frente o desafio de aumentar o n�mero de passageiros no local. Para se ter ideia, neste ano houve uma queda no movimento de 15% em rela��o a 2015, atingindo menos de 10 milh�es de pessoas no aeroporto.
Para atingir o n�mero, j� h� conversas com companhias a�reas para trazer mais voos para o Aeroporto de Confins. Atualmente, 97% dos voos operados s�o dom�sticos. Metade deles para neg�cios e a outra para lazer. Na busca por mais op��es ao consumidor, a diretoria de opera��es tem feito estudos sobre novos destinos com o foco tamb�m em conex�es.
Entre as companhias com quem a BH Airport vem conversando est� a Avianca, que pode voltar a operar no local at� abril do ano que vem. A ideia � buscar ainda outros voos com destinos internacionais, para pa�ses da Europa e da Am�rica do Norte. J� est� acertado, por exemplo, um voo para Buenos Aires pela Azul. Atualmente, h� apenas tr�s op��es de voos diretos partindo de Confins para cidades de outros pa�ses: Panam� (Copa), Lisboa (TAP) e Miami (American Airlines).
Diante dessa expectativa, Paulo Rangel voltou a afirmar que � desnecess�ria a opera��o de voos no Aeroporto da Pampulha, localizado em Belo Horizonte. Segundo ele, estudos internacionais apontam que essa op��o s� deve ser adotada em locais com um fluxo de mais de 35 milh�es de passageiros por ano – n�mero bem superior ao do maior aeroporto do estado.
MOBILIDADE As obras de constru��o do terminal 2 inclu�ram ainda a reconfigura��o do sistema vi�rio de acesso ao aeroporto, aumento a �rea de p�tio para aeronaves e vagas de estacionamento. Sobre o Terminal 3, onde � feito o embarque e desembarque de voos internacionais, a dire��o ainda n�o definiu qual ser� o uso do local. Mas j� h� empresas interessadas em operar comercialmente ou adotar o espa�o para suporte �s companhias a�reas.
Em rela��o a projetos de mobilidade at� o aeroporto, Paulo Rangel ressaltou que o assunto cabe exclusivamente ao poder p�blico. “A concession�ria do aeroporto n�o pode entrar nessa �rea”, comentou. Mas o executivo ressaltou que representantes do grupo v�m conversando com o governo estadual na tentativa de assegurar melhorias na liga��o entre Belo Horizonte e Confins.
A licen�a para a opera��o do terminal 2 foi liberada pelo Conselho de Pol�tica Ambiental (Copam) no �ltimo dia 30. A inaugura��o marca o encerramento da fase 1-B do contrato de concess�o, que previa investimentos para a infraestrutura oferecida aos passageiros. A fase 2 segue at� o t�rmino do contrato, em 2043, e inclui a implanta��o de uma segunda pista de pouso e decolagem assim que a atual atingir 198 mil movimenta��es por ano – atualmente s�o 105 mil – e adequa��es que forem necess�rias ao longo do tempo.