Saiba onde � produzido o caf� natural brasileiro de R$ 18 mil, o mais caro da hist�ria

O caf� mais caro da hist�ria do Brasil foi arrematado na �ltima quarta-feira com o pre�o de R$ 18.093 (US$ 5.370,37), pela saca de 60kg. Foi o lance oferecido pela empresa japonesa Maruyama Coffee, que arrematou cinco sacas do caf� natural – colhidos e secos com casca – produzido por Homero Aguiar Paiva, da Fazenda Guariroba, de Santo Ant�nio do Amparo, Sul de Minas. O leil�o on-line promovido pela Associa��o Brasileira de Caf�s Especiais (BSCA) registrou dois recordes: a saca mais cara e o lance m�dio mais alto: R$ 5.557,23 por saca de 60 kg.

 

O caf� de Santo Ant�nio do Amparo foi o campe�o da �ltima edi��o nacional do Cup of Excellence, promovido no Brasil pela BSCA. O concurso � a principal refer�ncia do pa�s e premia produtores nas categorias naturais – caf�s secos com casca – e despolpados – caf�s cerejas descascadas e ou despolpadas. No primeiro grupo, dos 19 caf�s campe�es, 17 s�o de Minas Gerais, principalmente Sul, Mantiqueira e Matas de Minas. Os outros dois s�o da Bahia e regi�o da alta mogiana, em S�o Paulo.

 

  S�o caf�s que obtiveram notas acima de 84 pontos – pontua��o que leva em considera��o v�rios elementos, entre eles aroma e sabor, e que baliza a diferen�a entre gourmet (at� 84 pontos) e especiais (acima de 84). “O Brasil sempre foi o grande produtor de caf� no mundo, mas quando se falava em qualidade, a refer�ncia era Col�mbia, Costa Rica, Guatemala, alguns pa�ses da �frica. Foi quando em meados dos anos 1990, sentimos a necessidade de mostrar que o Brasil tem qualidade”, conta S�lvio Leite, conselheiro da BSCA.

“Em 1998 sentindo a tend�ncia e a demanda de cafeterias como Starbucks. Realizamos os primeiros concursos e fomos escrevendo novas metodologias: se antes o objetivo era achar os defeitos, passamos a buscar as virtudes.” SEGREDOS Para obter um caf� especial � preciso ter um cuidado de ponta a ponta: altitude – geralmente acima de 900m –, colheita dos gr�os perfeitos, cuidados com a secagem, torrefa��o at� a extra��o.

CONSUMO

O crescimento da demanda nos �ltimos anos tem causado uma mudan�a na cultura do pr�prio produtor. “Cada vez mais, as fazendas destinam parte da produ��o aos especiais. Em Minas Gerais, como existem muitas fazendas pequenas, de tr�s a 10 hectares, muitas vezes com colheita manual e artesanal, o cafeicultor est� se voltando quase totalmente aos especiais”, ressalta S�lvio.