A C�mara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) enviou of�cio para o prefeito Alexandre Kalil (PHS) pedindo que o aumento das passagens de �nibus da capital seja revogado, at� que a nova equipe fa�a auditorias e estabele�a novo percentual. No pedido, protocolado no dia 10 deste m�s, a entidade representante do com�rcio alega que o impacto mensal nos cofres das empresas do setor foi de 15%, representando acr�scimo de mais de R$ 15 milh�es de gasto.
“O reajuste afeta diretamente a sa�de financeira das empresas instaladas nesta capital, visto que elas arcam com cerca de 70% do custo com transporte dos trabalhadores e os setores de com�rcio e servi�os da capital j� v�m registrando sucessivas baixas nas vendas”, afirmou o vice-presidente da CDL-BH, Marcelo de Souza e Silva.
As passagens tiveram os novos valores anunciados no final do ano passado, ainda na gest�o do ex-prefeito Marcio Lacerda (PSB), e foi mantida por Kalil. Os valores foram reajustados em 9,4% e saltaram de R$ 3,70 para R$ 4,05 nas linhas troncais e principais e de R$ 2,65 para R$ 2,85 nas alimentadoras e circulares. A nova tarifa entrou em vigor no dia 03 deste m�s.
De acordo com estudo feito pela CDL, as micro e pequenas empresas foram as mais penalizadas pelo reajuste. O impacto mensal nas contas dos micro-estabelecimentos foi de R$ 5.341.577,38. A capital tem 55.507 registros nessa categoria. J� as pequenas empresas s�o 9.935 e no caso dela o impacto � ainda maior: R$ 6.267.569,26.
As m�dias empresas somam 1.040 na cidade e foram impactadas em R$ 1.656.909,80 e as grandes s�o 868 e, no caso delas, o gasto teve acrescimento de R$ 1.856.218,00.
A prefeitura de Belo Horizonte (PBH) foi procurada pela reportagem, mas ainda n�o se manifestou sobre o pedido feito pela CDL-BH.
Ainda de acordo com o vice-presidente da entidade, o com�rcio � o setor que mais emprega em Belo Horizonte e o impacto, segundo ele, vai al�m de mera insatisfa��o, mas prejudica a economia da cidade. “Os segmentos de com�rcio e servi�os formam o setor produtivo que mais emprega e dinamiza o desenvolvimento econ�mico da capital, respondendo por mais de 75% do Produto Interno Bruto (PIB) de Belo Horizonte. Estamos entoando o coro, leg�timo, da popula��o. Afinal o aumento das passagens prejudica tanto o empres�rio, quanto o cidad�o”, afirmou Marcelo Silva.
Desde que foi aplicado, o reajuste j� levou diversas pessoas a se manifestarem nas ruas da cidade. O Movimento Passe Livre, inclusive, tamb�m entregou ao prefeito carta em que questiona os percentuais do aumento concedido.
Ainda durante a campanha eleitoral, Alexandre Kalil usou como mote a “abertura da caixa preta” que seria a opera��o das empresas de �nibus em BH. Essa afirma��o usada quando manifesntantes no dia da posse entoaram gritos de “cancela, Kalil”, em refer�ncia ao aumento das passagens e tamb�m ao reajuste no valor dos sal�rios de vereadores, secret�rios municipais e do pr�prio prefeito e do vice, Paulo Lamac(Rede).