
Rio de Janeiro – O presidente Michel Temer afirmou nessa ter�a-feira (4) que o projeto que amplia a terceiriza��o do trabalho � “de uma simplicidade extraordin�ria”. Temer voltou a afirmar que, se necess�rio, o governo criar� “salvaguardas” para proteger direitos trabalhistas relacionados � terceiriza��o, mas, por enquanto, n�o parece haver necessidade.
“Se houver necessidade de uma salvaguarda, al�m daquelas que j� est�o no texto da lei, n�s faremos. Tenho certeza que a terceiriza��o vai incentivar o emprego, vai incentivar o trabalho, n�o tem um preju�zo sequer aos trabalhadores. Se algum dado foi cortado, n�s temos dito com muita frequ�ncia, ainda temos a oportunidade de, seja na reforma trabalhista ou em outro meio qualquer, naturalmente consertar", afirmou.
“Pelo que eu pude verificar no exame do projeto, n�o verifiquei necessidade, mas se houver, n�s faremos. O que queremos � modernizar toda a legisla��o trabalhista de modo a ampliar cada vez mais o emprego”, completou o presidente.
Temer come�ou o pronunciamento � imprensa afirmando que a economia brasileira j� est� retomando a confian�a. Segundo o presidente, a recupera��o do emprego vir� ap�s um per�odo de ocupa��o da capacidade ociosa da ind�stria.
“Evidentemente, que toda vez que se fala nesse tema (da confian�a) h� uma preocupa��o em torno do desemprego, mas, embora haja muito desemprego, h� uma capacidade ociosa das ind�strias. Num primeiro momento, o que h� � um aproveitamento da capacidade ociosa e, na sequ�ncia, em face da credibilidade e restaura��o da confian�a, h� o emprego”, disse, mencionando o saldo positivo de 35 mil empregos formais em fevereiro como um “primeiro respiro”.
Previd�ncia
Temer disse ainda que o governo est� tomando medidas para entregar um Pa�s "mais modernizado" em 2018, com responsabilidade fiscal e reformas como o teto dos gastos, reforma do ensino m�dio, moderniza��o da legisla��o trabalhista e da Previd�ncia. “Sobre essa (Previd�ncia), quero dizer que vamos fazer adequa��es compat�veis com aquilo que o Congresso est� pensando”, afirmou o presidente, ao admitir mudan�as no texto enviado ao Congresso para facilitar a aprova��o da medida.
A uma plateia de empres�rios, Tenmer defendeu a reforma da Previd�ncia como essencial para o crescimento do pa�s. Ele disse acreditar que a reforma ser� votada no Congresso at� julho. “Relatores acham que � poss�vel votar. Naturalmente haver� uma ou outra adequa��o que ser� feita em comum acordo com o governo e, se for assim, acredito que ser� votado at� junho ou julho”, disse. Temer disse que programas sociais e os investimentos ficam amea�ados caso a reforma n�o seja aprovada.
“Temos pela frente a reforma da Previd�ncia, a reforma � vital para as contas do governo, os senhores sabem que hoje a Previd�ncia causa d�ficit de quase R$ 150 bilh�es”, disse. "Se n�o reformularmos a Previd�ncia no nosso pa�s, n�s teremos, em 10 a 15 anos, verba apenas para pag�-la, os servidores p�blicos e a Previd�ncia. Nada de programas sociais e nada de investimentos”, disse no Hotel Hyatt, na Zona Sul de S�o Paulo.